domingo, 28 de junho de 2009

O primeiro título de Senna


A temporada de 1988 foi inteiramente dominada pela McLaren, a briga pelo título mundial se restringiu aos dois pilotos da equipe britânica, Senna e Prost. O francês, considerado o primeiro piloto da escuderia, lutava pelo tricampeonato e o brasileiro, que vinha da Lótus, era considerado a grande promessa da categoria.

No campeonato de construtores a McLaren mostrou toda sua força ao aplicar um vareio nas concorrentes. O time inglês chegou a marca de 199 pontos, contra apenas 65 da segunda colocada, a Ferrari. Das 16 provas disputadas, a McLaren venceu nada menos que 15.

A Fórmula 1 chegou na penúltima etapa, o GP do Japão. Ayrton Senna largava na pole position e Alan Prost saía na segunda posição. Bastava Ayrton vencer para sagrar-se campeão, mas a tarefa não era tão simples como parecia. Logo na largada, Senna teve proplemas e caiu para a décima sexta colocação e as coisas pareciam estar perdidas. Mas aí apareceu toda a competência, maestria e arrojo do gênio das pistas.

O brasileiro partiu a caça de Alan Prost, ultrapassando seis adversários só na primeira volta. Aos poucos Ayrton chegava no francês, conquistando posições sem tomar conhecimento de quem estava à sua frente. E o que era considerado impossível aconteceu: Senna alcançou Prost e no momento em que o francês se atrapalhou com os retardatários, ele pegou o vaco para passar e assumir a ponta do Grande Prêmio do Japão.

Daquele instante em diante, bastou Ayrton Senna administrar o primeiro lugar e vencer de forma genial, conquistando assim seu primeiro título na Fórmula 1. Não poderia ter sido de outro jeito, espetacular e emocionante. Além do brasileiro levar o campeonato, ele ainda fez 13 poles positions e venceu 8 corridas, recorde naquela época.

Em meio as guerras políticas na Fórmula 1, o melhor é reviver os bons tempos que jamais irão voltar.

Leandro Montianele

10 comentários:

Diego Maulana disse...

Grande texto Leandro e bons tempos aqueles.

Felipão disse...

Falou tudo Leandro, até pq esse momento atual da F1 é muito chato...

Marcelonso disse...

Grande Leandro,


Lembro muito bem dessa corrida,foi algo inesquecivel!

abraço

Bruno disse...

Uma das melhores corridas de Ayrton, sem falar no foguete que era esse carro da McLaren. Acho que nessa altura do campeonato, Alain Prost já estava abalado com o desempenho de Senna ao longo da temporada. Boas lembranças de um tempo que não volta...

Breiller disse...

Falou tudo, Leandro: "Em meio as guerras políticas na Fórmula 1, o melhor é reviver os bons tempos que jamais irão voltar".

Gostei muito do texto, cara. Se hoje tenho algum apreço pela F-1 - igual a boa parte dos brasileiros -, o Senna foi quem ajudou a construí-lo. Era novinho à época desse primeiro título, mas, de 92 a 93, consigo recordar várias conquistas. Realmente, como disse o Diego, bons tempos aqueles.

Abraço!

Leandrus disse...

Acho que melhor do que 88, só mesmo 91, ano em que Senna talvez conquistou seu título mais merecido, adotando um estilo mais cerebral e assim conseguindo vencer a Williams de Mansell, que já dava seus passos para se tornar uma máquina invencível (se eu estiver errado, que o especialista em Williams Marcos Antônio me corrija, rs). Algumas corridas de 88 foram meia chatinhas por causa do domínio incrível da Mclaren, a temporada de 91 achei um pouquinho mais animada como um todo.

Ateh!

Impasse Livre disse...

Fantástica lembrança, m belo píloto e uma justa homenagem. Eu acjhava o nélson mais mecânico e o Ayrton mais emoção, e admirava os dois. o meu idolo era o piquet, mas o senna foi o maior...abs,leandro

Impasse Livre disse...

Fantástica lembrança, m belo píloto e uma justa homenagem. Eu acjhava o nélson mais mecânico e o Ayrton mais emoção, e admirava os dois. o meu idolo era o piquet, mas o senna foi o maior...abs,leandro

Anônimo disse...

ótimo texto Leandro, é bom relembramos esses bons tempos, ae a gente esquece a mesmice da F1 atual.

Estevis disse...

Saudades daquela época, gostei do texto, parabéns pelo blog