quinta-feira, 31 de julho de 2008

GP da Hungria


O Grande Prêmio da Hungria foi disputado pela primeira vez em 1936, no circuito urbano de Népliget, na cidade de Budapeste. Aproximadamente 10.000 pessoas compareceram ao autódromo para acompanhar a prova. O vencedor da corrida foi o italiano Tazio Nuvolari pilotando um Alfa Romeo.

Na Fórmula 1, o GP da Hungria estreou em 1986 no circuito de Hungaroring e foi vencido pelo brasileiro Nelson Piquet, seguido pelo gênio das pistas Ayrton Senna em segundo e Nigel Mansell em terceiro lugar. São 22 anos seguidos que a prova está presente no calendário da categoria principal do automobilismo mundial.

Os brasileiros que venceram na Hungria foram Ayrton Senna com três vitórias (1988, 1991 e 1992), Nelson Piquet com duas (1986 e 1987) e Rubens Barrichello com uma (2002). O Brasil também é o país que mais triunfou sem solo húngaro, são 6 conquistas.

Circuito: Hungaroring
Corrida: 70 voltas / 306,663 km
Extensão: 4,381 km

Pódio de 2007
1º L. Hamilton
2º K. Raikkonen
3º N. Heidfeld

ÚLTIMAS CORRIDAS

Vencedores
2007 - Lewis Hamilton (ING) McLaren - 1h35min52s991, média de 191,897 km/h
2006 - Jenson Button (ING) Honda - 1h52min20s941, média de 163,773 km/h
2005 - Kimi Raikkonen (FIN) McLaren - 1h37min25s552, média de 188,859 km/h
2004 - Michael Schumacher (ALE) Ferrari - 1h35min26s131, média de 192,798 km/h
2003 - Fernando Alonso (ESP) Renault - 1h39min01s460, média de 185,810 km/h
2002 - Rubens Barrichello (BRA) Ferrari - 1h41min49s001, média de 180,364 km/h

Poles
2007 - Lewis Hamilton (ING) McLaren - 1min19s781, média de 197,686 km/h
2006 - Kimi Raikkonen (FIN) McLaren - 1min19s599, média de 198,138 km/h
2005 - Michael Schumacher (ALE) Ferrari - 1min19s882, média de 197,436 km/h
2004 - Michael Schumacher (ALE) Ferrari - 1min19s146, média de 199,272 km/h
2003 - Fernando Alonso (ESP) Renault - 1min21s688, média de 193,071 km/h
2002 - Rubens Barrichello (BRA) Ferrari - 1min13s333, média de 195,137 km/h

Melhores Voltas
2007 - Kimi Raikkonen (FIN) Ferrari - 1min20s047, média de 197,029 km/h
2006 - Felipe Massa (BRA) Ferrari - 1min23s516, média de 188,845 km/h
2005 - Kimi Raikkonen (FIN) McLaren - 1min21s219, média de 194,186 km/h
2004 - Michael Schumacher (ALE) Ferrari - 1min19s071, média de 199,461 km/h
2003 - Juan Pablo Montoya (COL) Williams - 1min22s095, média de 192,114 km/h
2002 - Michael Schumacher (ALE) Ferrari - 1min16s207, média de 187,778 km/h

Provavelmente não vamos ter uma corrida das mais empolgantes em Hungaroring, o circuito não permite isso. Por este motivo é de extrema importância largar na frente, já que as ultrapassagens serão difíceis de acontecer. O esperado é que tudo seja definido no treino de sábado, mas espero que isso não ocorra e que o inesperado possa surgir no GP da Hungria.

Abraços!

Leandro Montianele

terça-feira, 29 de julho de 2008

Augusto Maiolo

A partir de agora o Blog Loucos por F-1 estará apoiando e acompanhando o kartista Augusto Maiolo em sua trajetória. Neste post contaremos um pouco de sua carreira e o que ele vem almejando no campeonato que está disputando.

Augusto tem 37 anos de idade, é natural de Mogi das Cruzes – SP, atualmente reside na cidade de Resende – RJ e trabalha na empresa automobilística Peugeot Citroën.

Apaixonado por automobilismo iniciou sua carreira aos 22 anos na categoria Fórmula Ford, onde correu três provas chegando entre os dez primeiros. Em seguida partiu para o Campeonato Paulista de Automobilismo na categoria SPEED e, no ano seguinte disputou com seu Voyage a categoria Turismo N e Super Livre, onde conquistou sua primeira colocação. Após por alguns anos ter sua carreira interrompida, retornou ao automobilismo através do Kart, competindo pelo Campeonato Interno de Kart do Grêmio da Peugeot Citroën do Brasil (PSA). No final de 2006 correu no kart profissional a categoria dos 13 HP no Rio de Janeiro.

Atualmente o piloto de kart Augusto representa o Sul Fluminense no Campeonato Amigos do Fireball, com motor 125 cc, realizado no kartódromo de Guaratinguetá, Estado de São Paulo.


Neste mês de julho por motivos de férias normalmente todos viajam e se divertem, mas para Augusto Maiolo esta história é diferente, no dia 20 do mês de Julho os motores roncaram fortes no kartródromo de Guaratinguetá, onde todos os pilotos do Fireball se reuniram para mais uma etapa e também para realizar uma confraternização seguida de um belo churrasco idealizado pelo nosso amigo Faustinho. Realizamos 3 etapas seguidas de 20 voltas onde todos os pilotos disputaram acirradamente suas posições até o final, o piloto Augusto Maiolo com o seu novo chassi Mini 2007/2008 obteve uma excelente performance, pois segundo ele o Kart rendeu muito no traçado e conseguiu ficar no pelotão de frente como chama os mais experientes “Foi muito bom notar a grande diferença de chassi, pois agora podemos atacar diretamente a melhoria para o motor onde baixaremos mais o tempo e poderemos avançar mais no campeonato e poder alcançar o nosso objetivo, que é ser Campeão na categoria Super Senior” disse Augusto Maiolo.


Nestas três corridas, Augusto na primeira chegou em terceiro e nas duas últimas chegou em segundo, foi de extrema importância esta etapa, pois demonstramos que estamos no caminho certo, investindo no equipamento correto, não está sendo nada fácil essas etapas para o piloto pois agora o mesmo está começando a brigar pelo título e quando isso acontece a disputa fica mais acirrada e a responsabilidade aumenta, pois estamos falando de um campeonato com pilotos experientes e de alto nível.

Maiolo volta a competir pelo Campeonato Amigos do Fireball em Agosto no dia 17 ( Domingo ), já com possibilidades de disputar as primeiras colocações, perguntamos ao piloto qual sua expectativa para essas etapas, “Vamos trabalhar mais um pouco no motor para aumentarmos mais a possibilidade da vitória e vamos tentar com certeza a primeira colocação, por isso que já estamos treinando mais fortes” respondeu Augusto.


Augusto Maiolo no Campeonato Amigos do Fireball, conta com o patrocínio e apoio da: Goden Gate Transportes e Logística, Tim representante Alexandre e Érica e UFI


Acessem o site:

www.augustomaiolo.com

sexta-feira, 25 de julho de 2008

David Coulthard

Caros leitores, após o comunicado de sua aposentadoria o Blog Loucos por F1 vai contar um pouquinho da história do experiente piloto de 37 anos, David Coulthard ou simplesmente DC.

Coulthard iniciou no Kart com pouca idade, estreando na Formula Ford em 1989, conquistando o primeiro McLaren/Autosport Jovem Piloto do Ano. Em 1990, ele teve uma perna quebrada em Spa-Francorchamps, mas no ano seguinte, voltou a guiar e venceu na Formula 3 em Zandvoort, na Holanda e Macau. No ano de1992 correu na Formula 3000, terminando em nono e em 1993 conseguiu um surpreendente terceiro lugar.

Em 1993, Coulthard se transformou em piloto de testes da equipe então campeã mundial, Williams-Renault e desempenhou um importante papel no avanço da tecnologia do carro. No ano de 1994, ele seguiu na Williams como piloto de testes, mas com a trágica morte de Ayrton Senna em Ímola, foi promovido a piloto titular, companheiro de Damon Hill, para o GP da Espanha. Ele ficou a maior parte da temporada guiando o segundo carro da equipe, mas por quatro ocasiões, foi substituído pelo ex-campeão Nigel Mansell. A Renault queria ver um grande nome no time e, Nigel Mansell, à época, voltando da Fórmula Indy como campeão, era o nome certo. Coulthard mostrou relances de pura velocidade, mas erros e má sorte deram a ele apenas um pódio, com um segundo lugar em Estoril. Para as últimas três provas, viu Nigel Mansell ocupar seu lugar, mas foi ele e não Mansell, que correu pela equipe em 1995.

A temporada de 1995 viu Coulthard vencer o GP de Portugal. Houveram mais oportunidades para David Coulthard vencer, mas a má sorte e alguns erros fizeram com que as vitórias escapassem. Ele marcou 5 pole positions, quatro delas consecutivamente. No entanto, alguns erros não forçados marcaram sua temporada, como um abandono ainda na volta de apresentação em Monza e um acidente na saída dos boxes em Adelaide.

Na temporada de 1996, Coulthard foi contratado pela McLaren para guiar ao lado do futuro campeão Mika Hakkinen. Seu primeiro ano na equipe inglesa foi para se esquecer, com o motor Mercedes com problemas, tentando sempre ganhar velocidade. Ele liderou em Ímola e perdeu para um inspirado Panis, em Mônaco. Em 1997, seu segundo ano na McLaren, terminou o campeonato empatado com Jean Alesi no terceiro lugar (depois da desqualificação de Michael Schumacher). David conseguiu duas vitórias e poderia ter conseguido mais se não fossem os problemas. Em Jerez, ele estava a caminho da vitória quando Jacques Villeneuve abandonou, mas a McLaren ordenou que deixasse a vitória para Hakkinen. No ano de 1998, a McLaren estava consistente e com o carro mais veloz na pista e Hakkinen pôde se valer destes atributos para conquistar o título. Coulthard venceu apenas uma e passou a maioria da temporada como fiel escudeiro do finlandês.

Em 1999, uma combinação de baixa performance e má sorte fizeram com que ele terminasse a temporada em quarto lugar e a McLaren perdeu o título de construtores para a Ferrari. Hakkinen foi novamente campeão, enquanto Coulthard venceu duas provas. No ano de 2000, DC esteve envolvido na batalha pelo título de pilotos com Hakkinen e Schumacher, mas eventualmente se sentia desmotivado, o que ocasionou um decepcionante terceiro lugar. Na temporada de 2001, ele terminou como vice no campeonato, mas com um pouco mais da metade dos pontos do campeão Michael Schumacher (123x65).

Os anos subsequentes na
McLaren, de 2002 à 2004, também foram desapontantes e ele era regularmente batido pelo estreante na equipe Kimi Raikkonen. Muitos dos críticos de Coulthard dizem que seu declínio começou em 2003, quando a FIA introduziu o sistema de treinos de volta simples. Desde a época da Forumla 3, Coulthard tem uma reputação de que não treina bem. Ele, abertamente, admitiu que não gosta deste sistema de qualificação e é um ferrenho opositor a este formato de treino. Com o anúncio de Montoya para a McLaren em 2005, para ser companheiro de Kimi Raikkonen, 2004 foi o último ano do escocês na equipe. Um fraco décimo lugar no fim de 2004 (24 pontos, igual ao lesionado Ralf Schumacher), também não ajudou Coulthard para 2005.

A Red Bull Racing foi atraída pela experiência de Coulthard e assinou com o escocês para a temporada de 2005. Ele tinha como companheiros os inexperientes Christian Klien e Vitantonio Liuzzi. O contrato de Coulthard com a Red Bull foi prorrogado durante o fim de semana do GP da Inglaterra de 2005, prolongando, pelo menos até o fim de 2006 a sua carreira na categoria. O espírito de Coulthard na Red Bull foi uma renovação para o piloto que marcou pontos em muitas corridas e se transformou em um dos pilotos mais solicitados pela imprensa.

Para 2006, Coulthard continuou na Red Bull, com a companhia de Christian Klien. Neste ano, a equipe foi impulsionada pelos motores Ferrari, com um contrato para os motores Renault assinado em 2006, para 2007. O Diretor Técnico Adrian Newey, vindo da McLaren, ingressou na equipe para desenhar o carro de 2007. Estes acontecimentos positivos fizeram com que Coulthard tivesse uma expectativa de melhorias e talvez até de vitórias com a equipe. Em 7 de agosto de 2006, um dia depois de David terminar o GP da Hungria em 5º, ele anunciou que prorrogou seu contrato com a Red Bull para 2007 e que teria como companheiro de equipe, Mark Webber.

Entre os atuais pilotos da Formula 1, ele é o terceiro com maior número de vitórias (13), atrá apenas de Kimi Raikkonen e Fernando Alonso. Coulthard é o piloto Britânico com maior número de pontos (533), batendo o recorde anterior de Nigel Mansell, com 482. No GP da Espanha de 2006, ele ingressou no “Clube dos 200” da Formula 1, com Ricardo Patrese, Michael Schumacher, Rubens Barrichello, Gehrard Berger, Andrea de Cesaris, Nelson Piquet e Jean Alesi completando a lista dos piltoos que correram em mais de 200 GP’s. Coulthard marcou seu primeiro pódio com a Red Bull Racing em Mônaco 2006. Durante a cerimônia de premiação, DC usou uma capa vermelha, seguindo o patrocinador da equipe, que promovia o filme “Superman – O retorno”.

Depois de um fraco início na temporada de 2007, David Coulthard fez duas boas corridas, no Bahrain e na Espanha, onde ele marcou seus primeiros pontos no Mundial de Pilotos. Em 6 de julho de 2007, a Red Bull Racing anunciou que havia prorrogado o contrato com Coulthard até o fim de 2008. O escocês teve um mau início na sua temporada de 2008, envolvido em um acidente com Felipe Massa. No GP da Malásia, Coulthard teve problemas na suspensão e viu seu carro ser investigado pelos comissários. Embora tenha sido liberado para guiar, o problema durante os testes teve um impacto negativo em seu desempenho na corrida, conseguindo apenas um nono lugar. Embora tenha tido uma série de baixas performances durante a temporada de 2008, ele voltou a disputar os pódios e conseguiu um 3º lugar no GP do Canadá, o seu 62º pódio na Formula 1.

Na quinta-feira antes do GP da Inglaterra de 2008, Coulthard anunciou que ele se aposentará no fim da temporada, mas continuará trabalhando na Red Bull como consultor. Rumores sugerem que Coulthard poderá ser comentarista das transmissões da categoria para a BBC, ou então trabalhar para a ITV no próximo ano.

Em 02 de maio de 2000, enquanto pilotava um Learjet do amigo David Murray, o aparelho teve um problema no motor quando dirigia-se ao aeroporto Côte d’Azur International Airport, em Nice, e caíram quando tentavam um pouso de emergência no aeroporto de Lyon, na França. Coulthard, sua namorada na época, a modelo Americana Heidi Wichlinski e seu personal trainer sobreviveram, enquanto o piloto e o co-piloto morreram.

De acordo com os jornais,
Coulthard é sempre associado a muitas mulheres diferentes. No entanto, em uma entrevista para a BBC, o escocês rejeitou vigorosamente este rótulo. Em junho de 2006, ele se juntou com Karen Minier, uma correspondente belga para o canal francês TF1. O casal pretende se casar “em um futuro próximo”.

No vilarejo natal de Coulthard existe um museu dedicado a ele, é independentemente mantido por um fã, Wendy McKenzie, depois de ter sido iniciado pela família do piloto. Agora, o lugar é o lar do “Twynosi” (uma mistura entre Twynholm e os torcedores italianos da Ferrari, os Tiffosi), que se juntam em dias de corrida para assisti-las.

Em 07 de agosto de 2007, Coulthard lançou sua autobiografia, intitulada “Isto é o que isto é”. Nela, ele admite ter sofrido de bulimia quando jovem.

Abraços!

Leandro Montianele e Deyvison Nascimento

quarta-feira, 23 de julho de 2008

O Massa que Não Me Convence

Amigos leitores, amantes do automobilismo, muitos irão me criticar pela coluna que abafa o ufanismo gerado pela mídia e pelos brasileiros sedentos por um novo ídolo local, mas a verdade é que eu ainda não confio em Felipe Massa.

É verdade que Massa entrou na briga pelo campeonato, que superou os erros de Austrália e Malásia, que chegou nos ponteiros e liderou, isoladamente, o campeonato mundial, mas ainda sim, não me sinto confortável por torcer por Felipe Massa. Ele é rápido, faz o melhor campeonato de sua vida, mas pergunto, como um piloto tão arrojado, destemido, ou como nosso querido locutor faz questão de falar “Coloca a faca nos dentes”, só venceu as provas em que largou na primeira fila? Em todas as suas corridas, Massa só venceu largando da primeira fila, sem muitas ultrapassagens, de ponta a ponta, com um carro extremamente superior, não nego que a superioridade dos carros com os quais venceu foram decorrentes de seu setup perfeito, não nego isso nem digo o contrário, Massa é imbatível na Turquia, em que venceu nos últimos 3 anos, e no ano em que não venceu, seu primeiro ano de Ferrari, chegou a frente de Michael Schumacher, Massa foi imbatível em Interlagos nos dois últimos anos e, realmente deixou Raikkönen passar em prol de algo maior, o título da Ferrari. Mas, o que falta então a Massa?

Kimi Raikkönen, ainda de McLaren, fez uma corrida de extrema grandeza quando ainda corria pela McLaren em 2005, saindo da 17ª posição e vencendo a prova, com uma condução incrível, arrojada e digna de um campeão, passando Fisichella na última volta. Para mim, foi a melhor corrida da carreira do finlandês.

Fernando Alonso tem a seu favor o estigma de ter “aposentado” Michael Schumacher, ganhando dois títulos, um deles em cima do alemão em briga direta, onde travaram duelos incríveis, como os de Imola em 2005 e 2006, ou a condução incrível do espanhol em 2006 na Hungria, onde não venceu por conta de uma porca mal colocada por um dos membros responsáveis pelo pit-stop. Inclusive, na Hungria, outro piloto mostrou um talento fora do normal, o vencedor Jenson Button.

Lewis Hamilton tem apenas um ano e meio de Fórmula 1 e vem mostrando um talento acima do normal. Cometeu erros discutíveis no final do ano, cedendo o título à Raikkönen, mas tem a seu favor a idade ainda baixa e muita experiência. Hamilton venceu de maneira categórica o Grande Prêmio de Mônaco, onde chegou a bater e voltou para vencer. Por muitos, foi considerada a melhor corrida do inglês até hoje, onde provou seu real talento e, para os poucos que ainda duvidavam de sua capacidade, fez a corrida incrível nesta última semana, passando seus adversários, mesmo com a estratégia diferenciada da McLaren, que fugiu à lógica, vencendo o GP da Alemanha e de quebra, assumindo a ponta da tabela no Mundial de Pilotos.

Robert Kubica, da BMW, é outro que fez corridas consistentes e chegou com um carro abaixo do esperado à ponta da tabela. Mesmo entrando na metade do campeonato, chegou ao pódio no mesmo ano em Monza, e venceu o GP de Montreal. Anda muito bem na chuva e se consolida como um dos grandes nomes da nova geração.

Assim sendo, qualquer um desses quatro pilotos me da segurança para torcer, para acordar de manhã esperando uma boa atuação. Não que minha torcida signifique algo para Felipe Massa ou à qualquer outro piloto, mas essa não é a coluna de um piloto, e sim de um fanático por automobilismo, por um fã do esporte automotivo e por um torcedor. Mas voltando ao assunto, qualquer um desses pilotos com suas grandes atuações e poucos erros fazem com que torcemos de olhos fechados. Muitas falarão da corrida incrível de Massa em Montreal, mas ao meu ver, falta a Massa a vitória fenomenal, como a de Barrichello em 2000 na Alemanha saindo do 18º lugar, e também o término da sucessão de erros que comete. Ao término de cada final de semana de GP, um grande amigo meu André me diz: “Massa continua com o retrospecto de um erro crucial por final de semana”. É quase verdade. As vitórias de ponta a ponta são como um procedimento cirúrgico, sem erros e sem surpresas, sem espetáculo para o leigo, e enche os olhos para o apreciador da técnica e da tática perfeita. Mas Massa ainda erra muito, não é pessimismo, é que eu espero sempre ver uma corrida fantástica dos outros quatro pilotos, mas me intriga que eu sempre espere um erro de Massa e, ultimamente, da Ferrari.

Massa precisa, também, de uma grande atuação na chuva, pois as grandes atuações marcam a carreira de grandes pilotos, como Schumacher em Spa em 1996 ou Panis no mesmo ano em Mônaco, Hamilton e Sutil em Mônaco em 2008, Barrichello em Silverstone, também em 2008, Button em Hungaroring em 2006.

Para os ufanistas de plantão, eu reconheço que Massa vem amadurecendo, vem crescendo e se tornando um piloto cada vez mais de ponta. Espero que acabem os erros e as atuações pífias e que chegue uma vitória daquelas cinematográficas, além de correr bem na chuva.

Portanto, amigos leitores, sei que poderei ser rechaçado pelos comentários, mas é isso que eu, e sei que muitos outros brasileiros pensam a respeito de Massa, a montanha-russa de atuações mescladas entre brilhantes e desastrosas fizeram com que deixasse precocemente a luta pelo campeonato do ano passado, e que torcemos para que não ocorra neste ano, mas com a ajuda do aquecimento global, onde o tempo fica cada vez mais imprevisível, ser brilhante frente as intempéries chega a ser crucial. Quero acreditar em Felipe Massa mais do que acredito hoje, mas ele ainda não me passa a serenidade de ligar a televisão esperando uma grande atuação, já tivemos surpresas como em Montreal, por exemplo, ou como na classificação para o GP de Mônaco, onde tirou coelho da cartola, mas ainda sim é mais fácil ver isso tudo em seus outros concorrentes diretos.

Meu coração ufanista também sente falta de um ídolo local pelo qual possamos buscar uma identidade vencedora e inspirar a busca pelos sonhos, desejos e realizações, somos tão ligados ao futebol que esse espírito tem que nos inspirar muito além de apenas quatro em quatro anos, ou seja, queremos que isso ocorra em quase todos os finais de semana, por isso, Felipe, esperamos que seu tempo de maturação seja rápido, pois a oportunidade de brigar pelo título em um carro vencedor é privilégio de poucos.

Iceman®2008

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Série Grandes Pilotos - Mike Hawthorn


Boa noite amigos do Loucos por F1!!!

Aproveitando a brilhante corrida realizada por Lewis Hamilton no GP da Alemanha, resolvi ressucitar a série Grandes Pilotos e, por que não, trazê-la de volta com o primeiro piloto inglês a ser campeão mundial na Fórmula 1?
Bom, apesar de ter sediado a primeira prova do Campeonato Mundial, a Grã-Bretanha não conseguiu bons resultados com seus pilotos. Nos dois primeiros anos, teve que assistir as disputas entre argentinos e italianos pelos títulos. Só em 1952, os pilotos da ilha começaram a se destacar.
O primeiro a surgir foi John Michael Hawthorn, ou simplesmente, Mike Hawthorn, como ficou conhecido.
No seu primeiro ano, guiando pela equipe inglesa Cooper, disputou cinco provas e terminou em quarto lugar, atrás das feras da equipe de Maranello. Naquela temporada, a Ferrari disputou com 3 pilotos o Mundial. No ano seguinte, ele repetiu a colocação, só que desta vez, já guiando pela Ferrari.
E foi pela equipe italiana, que em 1958, Mike se tornou o primeiro piloto britânico a tornar campeão mundial de Fórmula 1.
Um ano totalmente marcado pela hegemonia dos súditos da rainha. Os quatro primeiros colocados do campeonato vinham da terra governada por Elizabeth II. Mas, também, um ano negro para a categoria, marcado pela morte de três pilotos durante as provas.
Infelizmente, a carreira de Mike terminou rapidamente. Em 1959, ele se envolveu em um acidente de carro e morreu antes do início do Campeonato.

Grande abraço

Deyvison Nascimento

Bolão - Resultados

Caros amigos, finalmente saiu o resultado do nosso Bolão e com algumas grandes recuperações em relação a rodada passada. O Blog Loucos por F-1 figura na liderança com o absoluto Deyvison Nascimento que não tem dado chances aos seus adversários. Com desempenhos ótimos nesta rodada estão Ciro Nery (F1 Trulli) em segundo e Leandro Gomes (Blog do Leandrus) na terceira colocação. Na cola dos três está Luis Marcelo (F1 a lo Camba) com o quarto lugar.

Mas a briga intensa está na parte intermediária da tabela onde a diferença do quinto lugar (Tati Coimbra) para o nono (Giglio) é de apenas cinco pontos. Um pouco distantes do pelotão intermediário estãos as meninas do Octeto Racing Team (Ludy, Vick e Lu) e nosso amigo Marcos Antonio do Blog GP Séries. Vamos lá galera, tem muita corrida pela frente ainda.

Quero ver quem vai conseguir desbancar o até então imbatível Deyvison Nascimento, o desafio está lançado.

Abraços!

Leandro Montianele

domingo, 20 de julho de 2008

Um Hamilton endiabrado

O inglês Lewis Hamilton deu uma aula de como se pilota com agressividade um carro de Fórmula 1. Com uma McLaren voando baixo no asfalto do circuito de Hockenhein, Hamilton deu um verdadeiro show para o público alemão. Foi impressionante a performance do inglês a bordo de sua flecha prateado, não tomou conhecimento dos adversários e faturou com sobras este GP da Alemanha. Esta vitória é de suma importância na briga pelo título mundial já que Lewis agora tem quatro pontos de diferença para Felipe Massa, o segundo colocado. Este foi um final de semana espetacular para a equipe McLaren e principalmente para Hamilton. Podem falar o que for, mas ele é diferente dos demais.

A grande surpresa da corrida foi o segundo lugar do brasileiro Nelsinho Piquet, levando pela primeira vez na temporada o fraco carro da Renault ao pódio. Com a estratégia de apenas uma parada, Nelsinho foi beneficiado pela entrada do safety car e se aproximou dos que estavam a sua frente. Com isso ele chegou a lider a prova, mas atrás vinha um Hamilton impossível de ser segurado. O brasileiro segurou bem a segunda posição e não largou mais até o fim da corrida. O que chamou a atenção foi a forma que Piquet guiou seu Renault, virando no limite do carro como se fosse um piloto já experiente. Merecido primeiro pódio da carreira na Fórmula 1. Agora quero ver quem vai segurar o falatório do Piquet pai.

Felipe Massa esperava uma melhor colocação, mas conquistou apenas o terceiro lugar. Quando parecia que a segunda colocação era certa, Massa parou no pit novamente e quando voltou sua Ferrari não tinha o mesmo rendimento. Com isso Felipe não conseguiu chegar em Nelsinho para uma possível tentativa de ultrapassagem e ainda teve que segurar a BMW Sauber de Heidfeld que vinha logo atrás. Bom para o automobilismo brasileiro que viu um pódio com dois brasucas, algo que não acontecia desde de 1991. Um destaque importante de se mencionar é que em duas corridas (Silverstone e Hockenhein) três diferentes pilotos brasileiros subiram ao pódio, Barrichello, Piquet e Massa.

Com uma estratégia de corrida bem elaborada o alemão Nick Heidfeld conseguiu um ótimo quarto lugar em casa e novamente terminou uma corrida a frente de seu companheiro de equipe. Heidfeld parece que se encontrou novamente nas pistas e voltou a andar bem. Logo atrás veio o fraco piloto da McLaren Heikki Kovalainen. O quinto lugar é muito pouco para um piloto que tem em suas mãos um dos carros mais velozes da categoria, mas os dias do finlandês estão contados na equipe inglesa.

Com um péssimo final de semana, Kimi Raikkonen não se encontrou em momento algum, tanto no treino classificatório quanto na corrida. Conquistou um sexto lugar e viu seus concorrentes ao título se destanciarem um pouco, mas continua vivo na briga. Robert Kubica levou sua BMW Sauber ao sétimo lugar, deixando nítido que o rendimento do carro não é mais o mesmo. O menino Vettel conseguiu um grande oitavo lugar com sua STR, mostrando todo seu valor na categoria.

Rubens Barrichello foi tocado após uma disputa com o aposentado David Coulthard e abandonou a corrida a 17 voltas do fim.

A McLaren mostrou uma grande evolução, diferentemente da Ferrari que apresenta um rendimento muito fraco. Hamilton chega no GP da Hungria com vantagem na classificação do campeonato podendo amplia-la ainda mais, pois possui um melhor equipamento. Parece que o jogo inverteu e a McLaren passou a dominar, mas vamos esperar porque muita coisa ainda pode acontecer.

Corrida

Abraços!

Leandro Montianele

sábado, 19 de julho de 2008

Hamilton fica com a pole

O duelo pela pole position do GP da Alemanha foi travada arduamente por Lewis Hamilton e Felipe Massa. O que se viu foi um treino dominado por estes dois pilotos que brigam intensamente pelo título mundial. A McLaren de Hamilton com um desempenho um pouco superior acabou levando a melhor em cima da Ferrari de Massa e larga na pole com méritos. Esta primeira fila promete uma grande briga na largada desse domingo.

Mesmo com os vários erros cometidos nessa classificação, o finlandês Heikki Kovalainen ainda assim conseguiu uma grande terceira posição, mostrando que o rendimento da McLaren está muito melhor do que de suas concorrentes. Vamos ver se dessa vez Kovalainen não vai cometer os erros bobos que tem cometido nas corridas.

Na quarta colacação do grid de largada vem um inspiradíssimo Jarno Trulli com sua Toyota. Mais do que merecida esta posição para o italiano que tem feito um grande trabalho frente sua equipe. Quem sabe ele não consiga beliscar um pódiozinho, é mais do que possível.

Fernando Alonso mais uma vez mostra todo seu talento e competência ao levar o fraco carro da equipe Renault ao quinto lugar na largada. O espanhol não pode fazer muita coisa, pois possui um carro extremamente limitado em suas mãos.

Definitivamente não parece ser o final de semana de Kimi Raikkonen. O finlandês simplesmente não conseguiu render no circuito de Hockenhein e vai sair na sexta colocação. Kimi tomou meio segundo de seu companheiro de equipe e larga em uma posição muito ruim para as pretenções na briga pelo título. Com isso Massa e Hamilton agradecem.

Comprovando que o rendimento da BMW Sauber não é o mesmo, o polonês Robert Kubica conquistou apenas a sétima posição. Como o Polonês Voador é um reloginho nas pistas, ele pode acabar se sair bem na corrida e morder alguns pontinhos.

Com o oitavo lugar do grid ficou o autraliano Mark Webber da equipe RBR e logo atrás vem seu futuro companheiro de equipe, o alemão Sebastian Vettel da STR. O aposentado David Coulthard completa os dez primeiros que largam no GP da Alemanha.

Os brasileiros Nelsinho Piquet e Rubens Barichello ficaram pelo Q1, vão largar em décimo sétimo e décimo oitavo respectivamente.

Com uma primeira fila composta por pilotos que estão brigando ponto a ponto pelo campeonato, a largada vai prometer uma grande batalha pelo primeiro lugar. Todos nós esperamos uma grande corrida neste domingo, assim como tem sido as últimas.

Treino Classificatório


Abraços!

Leandro Montianele

sexta-feira, 18 de julho de 2008

GP da Alemanha

O Grande Prêmio da Alemanha estreou no calendário da Fórmula 1 em 1950, ficando ausente da categoria por três vezes. A primeira ausência aconteceu em 1955, devido a não adequação do circuito de Nürburgring aos novos padrões de segurança estabelecidos na época. Em 1960 foi disputado por carros apenas de Fórmula 2 e no ano de 2007, o Automóvel Clube da Alemanha não autorizou o Automóvel Clube Geral da Alemanha denominar a prova realizada em Nürburgring como “Grande Prêmio da Alemanha”, fazendo com que a corrida chamasse “Grande Prêmio da Europa”.

O autódromo de Hockenheim, palco da corrida deste domingo, foi construído em 1932 e sediou seu primeiro Grande Prêmio de Fórmula 1 em 1970. Nos últimos 35 anos o circuito recebeu 28 vezes a categoria máxima do automobilismo, incluindo todas as corridas entre 1986 e 2006.

Antes das alterações em 2002, o circuito de Hockenheim era considerado o mais veloz da Fórmula 1, com longas retas, divididas por chicanes que cortavam a Floresta Negra. Foi nesta pista em 2000, depois de largar em 18º lugar, que o brasileiro Rubens Brarrichello conquistou sua primeira vitória na Fórmula 1. Uma conquista brilhante, pois Rubinho estava com pneus de pista seca e ainda chovia em uma parte do circuito.

Circuito: Hockenheim
Corrida:
67 voltas / 306,458km
Extensão:
4,574km

Últimas Corridas

Vencedores
2006 - Michael Schumacher (ALE) - Ferrari - 1h27min51s693, média de 209,277 km/h
2005 - Fernando Alonso (ESP) Renault - 1h26min28s599, média de 212,629 km/h
2004 - Michael Schumacher (ALE) - Ferrari - 1h23min54s848, média de 215,852 km/h
2003 - Juan Pablo Montoya (COL) Williams - 1h28min48s769, média de 207,036 km/h
2002 - Michael Schumacher (ALE) - Ferrari - 1h27min52s078, média de 209,262 km/h

Poles
2006 - Kimi Raikkonen (FIN) McLaren - 1min14s070, média de 222,308 km/h
2005 - Kimi Raikkonen (FIN) McLaren - 1min14s320, média de 221,560 km/h
2004 - Michael Schumacher (ALE) - Ferrari - 1min13s306, média de 224,625 km/h
2003 - Juan Pablo Montoya (COL) Williams - 1min15s167, média de 219,064 km/h
2002 - Michael Schumacher (ALE) - Ferrari - 1min14s389, média de 221,355 km/h

Melhores Voltas
2006 - Michael Schumacher (ALE) - Ferrari - 1min16s357, média de 215,650 km/h
2005 - Kimi Raikkonen (FIN) McLaren - 1min14s873, média de 219,924 km/h
2004 - Kimi Raikkonen (FIN) McLaren - 1min13s780, média de 223,182 km/h
2003 - Juan Pablo Montoya (COL) Williams - 1min14s917, média de 219,795 km/h
2002 - Michael Schumacher (ALE) - Ferrari - 1min16s462, média de 215,354 km/h


Com o campeonato mais embolado do que nunca, agora é esperar pra ver o que acontece neste GP da Alemanha. Provavelmente um deles sairá de Hockenheim como o grande líder da temporada mais disputada dos últimos anos.

Abraços!

Leandro Montianele

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Ninguém gosta do Superman



Amigos leitores, amantes do automobilismo, eu tenho apenas vinte três anos e confesso: ainda adoro historias de super-heróis. Os novos, os antigos, os famosos, os inéditos, não importa, o ser humano adora a fantasia de um dia poder contar com super poderes. Porém, dentre as minhas pesquisas apuradas notei uma coisa em comum, quase 100% das pessoas com quem já comentei sobre esse assunto me diz “Eu não gosto do Superman”. E a explicação é simples, ninguém derrota o Superman, ele é invencível, ele não é humano, fica embaixo d’água o tempo que quiser, não sangra, não sente dor, não erra, pode sair da atmosfera da Terra, pode dar a volta ao mundo, já se deu ao luxo de voltar o tempo, pode subestimar seus adversários, mas que adversários? O Superman não têm adversários, ele esmaga a todos, tem supervelocidade, visão raio-X, audição superaguçada, ou seja, Superman é o defensor invencível, e só uma coisa o enfraquece, a Kriptonita, o que faz com que todos os seus episódios contem com isso, não há novidades, não há planos mirabolantes, todos sabem que em algum momento a pedra verde irá aparecer para dar uma chance aos vilões. O Superman é o herói ao contrário, é verdade, enquanto os heróis convencionais lutam contra vilões cada vez mais capacitados, desafiando as suas limitações naturais, Clark Kent é ilimitado, são os vilões que lutam para superar o herói que nunca perde. Por isso que, quando pergunto qual seu herói favorito, a maioria fala Batman, e o Batman não tem nem poderes, apenas parafernálias tecnológicas. Homem de Ferro, Quarteto Fantástico, Homem-Aranha, os X-Men, todos esses são heróis com poderes limitados e possuem um tendão de Aquiles. Os fãs buscam a superação, o sacrifício, o desafio.

O que quero dizer, amigos leitores, é que nas primeiras 5 temporadas da Fórmula 1 do novo milênio, o Superman deu as cartas, a bordo de uma Ferrari imbatível, um piloto que nunca errava, que vencia com uma, duas, três ou quatro paradas, o piloto que fazia poles, que vencia corridas em demasia e, mesmo que aparecessem alguns vilões, como Raikkonen, Montoya, ou até mesmo Barrichello, em uma corrida ou outra o super-herói deixava a Kriptonita aparecer e alterar o resultado. Schumacher foi gênio quando os gênios estavam em falta. A época de ouro da Fórmula 1, com Senna, Mansell, Piquet, Prost, encerrou-se em 1994, com um desfecho deveras conhecido. Sobrou Schumacher, que perdeu as batalhas para Adrian Newey, em um carro Ferrari que demorou anos para se desenvolver até que pudesse entrar diretamente pela briga do título. É verdade que Michael Schumacher teve vilões um tanto quanto abaixo da média, Damon Hill, Jacques Villeneuve e Mika Hakkinen sempre foram questionados sobre suas capacidades. E quando Schumacher acertou a mão, aí vieram os cinco títulos mundiais e uma superioridade avassaladora.

Mas, como disse no título dessa coluna, ninguém gosta do Superman, ele é forte demais, não deixa brechas para os adversários, quando perde, perde para ele mesmo. É bem verdade. E é comprovável.

Até o final de 2004, quando Michael Schumacher foi heptacampeão, ninguém mais agüentava a mesmice que virou a Fórmula 1. Aos nossos domingos pela manhã, Rubens Barrichello não ousava ultrapassá-lo, e, quando ousava, a “Liga da Justiça” fazia com o mesmo abrisse passagem, os adversários poderiam até tentar se unir, mas como vencer um inimigo que não é deste planeta? As apostas não tinham mais graça, o interessante nos “bolões” que por aí se estendiam, era para saber quem completaria o pódio, ninguém gosta do herói invencível e previsível que se tornou Michael Schumacher. Ele era antipático, arrogante e sua soberba era visível. Ninguém gostava do alemão que humilhava seus adversários. A Fórmula 1 era de Schumacher.

E em 2005 a Kriptonita foi descoberta. A Ferrari errou a mão, por culpa dos fracos pneus Bridgestone e ascensão da Michelin, que fez uma parceria vitoriosa com a Renault, e a McLaren correndo por fora. Há muitos anos a Fórmula 1 viu Michael Schumacher fora da briga do título, o herói invencível havia enfraquecido. Mas com a perda de suas habilidades, Schumacher ganhou, talvez, a única coisa que lhe faltava, a simpatia do torcedor. Pela primeira vez em anos nós vimos um Schumacher que erra, que sai da pista, que balança o carro, que busca o limite para alcançar seus adversários, que perde, que briga, que vence de forma heróica. Quem não se lembra de sua última corrida saindo do último lugar após um pneu furado no GP Brasil de 2006? A ultrapassagem magnífica em Kimi Raikkonen nas voltas finais. Pouca gente se lembra da corrida administrativa de Fernando Alonso que venceu o campeonato. Todos se lembram da vitória de Felipe Massa, e da corrida endemoninhada do alemão, que mesmo maduro, corria como um garoto que fazia sua estréia e precisava mostrar serviço. O Schumacher de 2005 e 2006 não foi vencedor, pelo menos não de corridas e títulos, mas ganhou muito, ganhou carisma, fazia sacrifícios em busca da vitória, buscava o limite do carro e vencia ou perdia de forma heróica. Ganhava suas cicatrizes, pois elas que carimbam o passaporte de um bom herói.

Em 2006, o herói enfraquecido via um vilão em ascensão, Fernando Alonso poderia bem ser o Lex Luthor tão temido que conseguia ter em mãos a Kriptonita e assim, se aproveitar para conseguir vencer. Logicamente que é apenas uma alusão ao tema, Alonso é um dos pilotos mais corretos do grid, é um piloto completo e vencedor, o bicampeão mais jovem da Fórmula 1 não merece ser lembrado pela sua arrogância, mas sim pelos fatos, porém, teria de ser assim com Schumacher, e não é.

Schumacher aprendeu a se divertir e entreter o espetáculo. Sua torcida foi enorme na luta contra o espanhol, perdeu, mas perdeu com o sorriso de quem conquistou realmente tudo o que poderia conquistar, títulos, vitórias, poles, recordes, a imprensa, a crítica, o público.

Em 2007 e 2008 nós vimos algo que não conseguíamos ver nos anos anteriores, vimos quatro pilotos de personalidades tão diferentes brigando pelo título. Você poderia escolher o arrogante Alonso, o novato de carisma marcante, Hamilton, o frio e calculista, Raikkonen ou o latino, Massa. Em 2008 as opções quase se repetem e o campeonato fica imprevisível, pois sem o Superman, os heróis limitados mostram seus erros, mostram suas deficiências. Novos heróis, como Kubica, surgem, pois conseguem se sobressair sobre os já carimbados.

Portanto, caros leitores, gostaria de dizer que o Superman é chato, não tem graça ver algo que você sabe como vai acabar, que você sabe o desfecho, sem emoções ou expectativas. A Fórmula 1 pós-Schumacher é excepcional em termos de emoção e eu acho errado que falem que tudo isso é nivelar por baixo, Schumacher, sim, era acima da média. Os pilotos atuais como Hamilton, Raikkonen e Alonso, são excepcionais, Schumacher era genial, seu trabalho começou há 10 anos na Ferrari, é uma década de desenvolvimento e aperfeiçoamento, foram quatro anos sem título de pilotos, mesmo brigando pelo mundial, um trabalho a longo prazo em um time estruturado. Alonso fez o mesmo na Renault, mas não fez na McLaren, como Raikkonen e Massa pegaram o time pronto na Ferrari. Schumacher e sua trupe reorganizaram uma equipe que possuía um orçamento fabuloso e fizeram acontecer. O espírito de liderança, aliado há um segundo piloto fenomenal e uma equipe técnica que contava com os melhores profissionais fizeram a época de ouro da Ferrari. Prost e Senna dividiram títulos e brigas em 1990, Schumacher foi mais egoísta, não deixando brechas para Irvine ou Barrichello, era uma equipe milionária totalmente voltada para o trabalho de um piloto. Enfim, os telespectadores, torcedores, patrocinadores e a imprensa, gostam de ver o espetáculo, as brigas e disputas, e o Superman não deixa com que isso aconteça, porque ele é muito forte, ou seja, nada disso irá acontecer, por isso, meus amigos, todos preferem o Batman, por isso, meus amigos, que ninguém gosta do Superman.

Iceman®2008

terça-feira, 15 de julho de 2008

Ah Schumacher, qual é?

Boa noite amigos do Loucos por F1!

Ao acessar o noticiário na internet, me deparei com uma notícia que me deixou extremamente irritado com o Shummy (vulgo Dick Vigarista), a notícia de que ele abandonou os bólidos da Ferrari para não ver o Massa desempregado.
Me recuso a acreditar que esta notícia é verdadeira, acho que, quando as pessoas públicas como é o caso dele, tendem a ficar "fora de moda" como também é o caso dele que, apesar dos inúmeros recordes conquistados na era tecnicamente mais fraca da Formula 1, não conseguiu ter carisma nenhum, a pessoa começa a falar besteira.
Outros exemplos não nos faltam, se olharmos aqui mesmo no Brasilm, podemos enxergam desportistas que utiliziam desta artimanha para se manter na mídia, vide o Romário.
Realmente creio que o alemão saiu da Formula 1 porque via que a nova geração era extremamente talentosa e poderia fazer todo o seu "reinado" ruir por terra!
Exatamente como o Espanhol das Astúrias já fez nos seus dois últimos anos no circo, poderiam hoje, Hamilton e Kimi, além de, é claro, o Polonês Voador, fazer toda a máscara alemã se desfazer!
Tecnicamente, não vejo na Formula 1 atual, entre os ponteiros, nenhum que seja pior que o Dick Vigarista, porque o trato como um bom piloto que nunca teve realmente adversários a altura.
Este é o ponto que tento enxergar as coisas quando falo do heptacampeão, tenho sérias dúvidas de seu real talento caso ele nã otivesse competido com os talentosos Shinji Nakano, Alex Yoong, Eddie Irvine, etc.
Ratifico a minha opinião, não creio que a notícia dada pelo alemão seja verídica. Acredito piamente que ele se aposentou para não ver a sua máscara cair frente ao mito que foi criado com relação a sua imagem.
Nada justificaria esta atitude dele, tendo em vista que, em toda a sua carreira no Circo, ele jamais pensou em ninguém, sempre sugava a equipe toda, praticamente tendo o monopólio da mesma.
O alemão tem que prestar mais atenção no que diz e reconhecer o talento do Massa (apesar de todos frequentadores do Blog saberem que eu não sou torcedor do Zaca nem achar toda esta maravilha) mas, tenhoconsciência que ele, em boa forma, faz frente a qualquer adversário que o alemão teve durante o reinado.

Grande abraço

Deyvison Nascimento

domingo, 13 de julho de 2008

Depois de um longo tempo... Estou aqui denovo!

Boa tarde amigos do Loucos por F1!!!

Depois de um longo tempo com problemas sérios no meu computador, estou de volta com os problemas praticamente sanados! (Ele ainda trava de vez em quando!)

Mas, para voltar e fazer a reestréia, venho contar uma história que não é muito noticiada pela imprensa e que aconteceu com nosso grande e eterno ídolo Ayrton Senna!!

O nome de Ayrton Senna não está apenas ligados a seus grandes recordes. Algumas marcas e feitos curiosos também fizeram parte de sua carreira. Por exemplo, foi com Senna na pole position que pela primeira vez, o mundo registrou uma primeira fila brasileira!

O campeonato de 85 estava em sua 14ª etapa, o autódromo era Brands Hatch, onde sweria disputado o GP da Europa. Àquela altura, o título já estava praticamente nas mãos de Alain Prost, mas o show seria tupiniquim. Com o domínio absoluto de Senna, incluindo uma quebra de recorde da pista, com quase dois segundo e meio de diferença e também o recorde de velocidade, sendo o primeiro a guiar a média maior de 225Km/h.

O segundo tempo foi estabelecido por Nelson Piquet. Atrás dos dois brasucas ficaram Alain Prost, Alboreto, Keke Rosberg e Mansell, que acabou vencendo a corrida, ajudado por uma ultrapassagem sob bandeira amarela sobre Ayrton Senna.

Neste fim de semana, o mundo assistiu uma largada verde e amarela que, até hoje, tem um gosto bastante especial para todos nós!

Grande abraço!

Deyvison Nascimento

Os Trapalhões

É incrível como a equipe Ferrari pós Jean Todt vem cometendo erros absurdos nesta temporada. São riscos desnecessários, estratégias mal elaboradas, problemas nos boxes e muita mais. Uma escuderia de ponta não pode cometer gafes dessa proporção, tirando vitórias e pontos preciosos de seus pilotos.

A equipe italiana possui um carro muito melhor que suas concorrentes, mas está tropeçando em seus próprios cadarços . Isso tudo me tráz a mente minha epóca de criança quando assistia Os Trabalhões na rede Globo. Didi, Dedé, Mussum e Zacarias nós proporcionavam boas gargalhadas aos domingos. E é exatamente isso que tem acontecido com frequência, as trapalhadas de uma Ferrari liderada por um certo comediante Stefano Dominicalli.

Se não fosse esses errinhos, seus pilotos estariam com vantagem na briga pelo título. Agora é parar e tentar concertar as besteiras, porque se não a Ferrari pode jogar fora um campeonato que estaria molinho, molinho de faturar. Espero um dia poder ver alguém com aquele macacãozinho vermelho atuando ao lado dos grandes Dedé e Didi, pois seria algo muito normal diante de uma equipe trapalhona como a de Dominicalli.

Abraços!

Leandro Montianele

quarta-feira, 9 de julho de 2008

A Ferrari Chora

Amigos leitores, amantes do automobilismo, chegamos a metade do campeonato, e como de praxe todos nós analisamos e fazemos previsões para a outra metade, afinal temos uma base sólida, diferente de resultados da pré-temporada.

Eu não pretendo me estender, afinal comentar sobre dez equipes separadamente é algo um tanto repetitivo e muito extenso até para uma coluna, por isso vamos analisar os pontos chave.

A 10ª etapa do Mundial de Fórmula 1 começa do marco zero, os três postulantes ao título estão emparelhados, todos com 48 pontos, nada de vantagem, nada de diferença, mas se analisarmos a fundo essa questão, há uma diferença chave. A Ferrari construiu o melhor carro do grid, aquele que brigou pela vitória em todas as corridas, aquele que podia largar na pole, vencer e fazer a melhor volta. A falta de organização da equipe de Maranello vem salgando a macarronada, são estratégias errôneas nos treinos e, principalmente na corrida. A Ferrari ousa demais, quando na sua posição atual, ou seja, na liderança de pilotos e equipes, que tinha até antes do GP da Inglaterra, ela tem de se manter a mais conservadora possível. Quem tem de remar contra a maré para conseguir obter resultados surpreendentes são os demais, quem vem de trás como Rubens Barrichello ou Nick Heidfeld, a Ferrari precisa fazer o trivial, pois quem possui o melhor carro e uma boa dupla de pilotos precisa apenas do trivial para consagra-se campeã, pois é algo natural. A McLaren, que também abusou dos tropeços, mas de seus pilotos, chega com Lewis Hamilton na liderança do mundial novamente, com um carro em que algumas corridas foi pior que a BMW, ou seja, Hamilton, mesmo oscilando entre ótimas e pífias atuações, é líder, diante de um Raikkonen apático e de um Massa inconstante. Raikkonen parece que adora a segunda metade do campeonato, era quarto colocado ano passado quando despertou rumo ao título, mas a verdade é que o finlandês precisou de uma série de contratempos e combinações para isso. E ano passado a McLaren tinha um carro mais competitivo do que 2008, chegando a ser amplamente superior em pistas como Mônaco e Indianápolis. Massa parece que tropeça nos próprios pés, sempre responde aos críticos depois de péssimas atuações, mas depois torna a repetir as mesmas péssimas atuações, e assim viu o campeonato de 2007 terminar em um duro golpe, deixando que seu companheiro de equipe fosse campeão mundial, dentro da sua própria casa.

Passada a metade do campeonato, a McLaren parece que acertou de vez a mão no carro, ao contrário da BMW que, mesmo com o segundo lugar de Nick Heidlfeld, viu seus rivais diretos evoluírem muito na temporada européia, além de ver, também, a evolução da Toyota, Renault e da Red Bull, que começam a beliscar os pontos acima da sétima posição, com muito mais freqüência.

O campeonato de Kubica é fenomenal visto o carro inferior aos demais, estando após a metade do campeonato na quarta posição, a frente de Kovalainen e atrás apenas por três pontos dos três líderes. É a grande zebra até aqui.

O que tenho a dizer, amigos leitores, é que mesmo sendo alvo de críticas até pela imprensa de seu país, o melhor pilotos dos postulantes ao título é Lewis Hamilton. Afinal, ele quem se salvou do aguaceiro em Silverstone mesmo largando da quarta posição, ele quem se manteve longe dos azares da corrida inaugural de Melbourne, ele quem, mesmo batendo no guard-rail, chegou na frente em Mônaco. É o melhor piloto em chuva do ano, e se não fosse a grata surpresa Robert Kubica, seria o melhor piloto este ano em atividade. Errou sim, e muito, mas é o preço que está pagando pela falta de experiência, pela pressão de conduzir uma equipe grande rumo ao título, é uma pressão até maior do que a de Fernando Alonso que levou a Renault ao campeonato em 2005 e 2006, porque Hamilton tem a obrigação de manter a equipe competitiva, enquanto Alonso tinha apenas a pretensão. Não sou fã incondicional de Hamilton e, particularmente, passo muito longe disso, mas sei que estar empatado com um carro um pouco inferior é uma dádiva em campeonatos tão apertados como 2008. Bahrein e Canadá foram corridas para serem esquecidas, mas Austrália, Malásia e Inglaterra também não podem estar nas melhores memórias de Massa, assim como Mônaco não faz jus ao currículo de Raikkonen.

Após um ano e meio de aposentadoria, parece que o título de 2007 chegou às mãos da Ferrari mais por extrema habilidade e sorte de Kimi Raikkonen, em partes devido aos problemas internos da McLaren, do que pela maestria apresentada nos tempos da parceria Schumacher-Ferrari. A fábrica andava como uma engrenagem perfeita nos tempos em que era “ítalo-alemã”, tinha um piloto genial, um carro quase imbatível, estratégias muito bem calculadas, afinal, foi ele quem venceu o Grande Premio da França com quatro paradas nos boxes, em condições climáticas normais. Mas a nova Ferrari, que afastou Schumacher-Brown-Todt, e trouxe Raikkonen/Massa-Domenicali-Almondo, é frágil, desorganizada e está deixando um campeonato praticamente ganho escorrer pelas mãos. As trapalhadas estão chegando ao ridículo, os pilotos, mesmo criticados, fazem mágica diante da catástrofe que a equipe apresenta na parte estratégica. Raikkonen foi valente levando o carro ao quarto posto, assim como foi Massa levando a Ferrari na terceira posição de Mônaco. Quando tudo dá certo, como no GP da França, os pilotos fazem o básico, que é vencer e brigar entre si, mas quem está colocando sal no campeonato é a própria Ferrari que bate cabeça e faz com que corridas excepcionais tornem-se vexatórias.
Enquanto isso, temos de levar em conta a evolução das equipes médias, o que é um fato muito gratificante para os que acompanham a Fórmula 1, não muito por 2008, mas para 2009 quando um novo conjunto de regras visa padronizar melhor as equipes e reduzir a diferença entre elas. O término do controle de tração realmente trouxe uma maior quantidade de erros, que fazem com que os bons pilotos acabem se destacando, sempre buscando andar o mais próximo possível de seus limites, sendo assim, a volta dos busca aprimorar este fator, o que ocasionará mais erros e mais emoção para a categoria, que estava sim carente desses resultados.

Por fim, caros leitores, quero dizer que a nova ordem da Fórmula 1 se deve em suma a um importante fator: o fim da era de ouro da Ferrari, que provou que a junção de quatro fatores cruciais, um grande piloto, um grande líder, um grande estrategista e um grande carro, fazem uma equipe imbatível. O telespectador sorri, os patrocinadores sorriem, e a Ferrari chora.
Iceman®2008

terça-feira, 8 de julho de 2008

Resultados do Bolão


Caros amigos, com um pouco de atraso finalmente saiu o resultado do bolão.
Espero que tenhan gostado de seus resultados e que venha o GP da Alemanha.

Tem Loucos por F-1 na ponta da tabela hein!!!

Abraços!

Leandro Montianele

P.S.: Nosso amigo Deyvison ainda continua em uma luta interminável com seu PC, assim que a normalidade for estabelecida ele estará de volta a todo vapor.

domingo, 6 de julho de 2008

Show de Barrichello na Chuva

Meus destaque especial está longe de ser para o vencedor do GP da Inglaterra e muito menos para o segundo colocado, mas sim para quem ocupou a terceira lugar do pódio. Rubens Barrichello conquistou um resultado espetacular em Silvertone e ainda deu um show de pilotagem na chuva, mostrando para todos que continua sendo o velho Barrica com muito mais experiência. Largando em décimo sexto Rubinho teve como sua aliada a chuva, fez as escolhas certas nos momentos certos, chegou a estar na segunda posição após várias ultrapassagens, mas foi necessário uma parada nos boxes, com isso o brasileiro caiu para quarto e logo em seguida recuperou o terceiro posto de onde não saiu mais até o fim da corrida. Festa da Honda em território inglês e com direito a "sambadinha" do Barrichello no pódio.

Após o erro no treino classificatório, Lewis Hamilton deu a volta por cima e venceu de forma incontestável em casa. Hamilton fez uma bela corrida depois de pular do quarto para o segundo lugar e logo em seguida tomar a primeira posição de seu companheiro de equipe. Pouco antes dos pits, o inglês estava sendo pressionado por Raikkonen, mas uma escolha errada da Ferrari deixou o finlandês em situação ruim e daí pra frente foi só Hamilton administrar a grande vantagem que havia obtido vencendo assim pela primeira vez em casa. Delírio dos ingleses que viram seu piloto vencer pilotando uma McLaren. Lewis Hamilton chegou aos 48 pontos e divide a liderança com Massa e Raikkonen

Nick Heidfeld confirmou o ótimo fim de semana e conseguiu um belo segundo lugar. Pela primeira vez na temporada o alemão superou seu companheiro de equipe Robert Kubica. Heidfeld guiou de forma segura o tempo todo em um circuito molhado onde o extremo cuidado era pouco. Finalmente ele voltou a mostrar seu bom desempenho de temporadas anteriores e isso é bom, pois trás confiança novamente.

Agora foi vez de Kimi Raikkonen ser prejudicado pela trapalhada da equipe Ferrari. Kimi vinha em segundo lugar até o momento de sua primeira parada onde a escuderia italiana optou por não trocar seus pneus, minutos depois a chuva caiu forte e o finlandês foi perdendo uma posição atrás da outra. Fora as rodadas que eram inevitáveis em uma pista enxargada. Raikkonen tinha total chances de pódio, mas mesmo assim ele acabou saindo no lucro já que chegou ao mesmo número de pontos que Massa e Hamilton. A Ferrari está me fazendo lembrar da minha infância quando eu assistia Os Trapalhões.

Heikki Kovalainen mostrou mais uma vez que por enquanto não tem potencial para ser um piloto da equipe McLaren. Kovalainen largou na pole, perdeu posições devido sua rodadas e conseguiu apenas roubar a quinta posição de Alonso no final da corrida. Muito pouco para um piloto que tem uma McLaren em suas mãos.

Depois de não andar bem nas última corridas, Fernando Alonso fez uma bela prova e conquistou um grande sexto lugar. O espanhol acabou saindo no lucro, pois a equipe Renault optou por não trocar seus pneus comprometendo assim sua corrida. Mesmo assim Alonso chegou a andar na quarta posição e se não fosse o erro da escuderia francesa poderia ter conseguido um melhor resultado.

Jarno Trulli, da Toyota, confirmou a boa fase e chegou na sétima colocação. Nakajima conseguiu sobreviver na corrida e fechou a zona de pontuação com um bom oitavo lugar.

Felipe Massa teve um final de semana para ser apagado de sua mente. Deu tudo errado desde o treino classicatório onde a Ferrari errou e ele não conseguiu melhorar sua posição no grid. Saindo na nona colocação e com uma acerto longe do ideal, Felipe viveu seu momento Katayama em Silvertone, foram sucessíveis rodadas ao longo da corrida. Mesmo com o péssimo resultado, Massa se mantém na liderança do campeonato ao lado de Hamilton e Raikkonen. Menos mal para ele.

Nelsinho Piquet fazia uma grande corrida ocupando a quinta posição, mas a chuva apertou muito e o brasileiro não conseguiu segurar seu carro na pista abandonado assim aquela que poderia ser sua melhor prova.

Robert Kubica colocou um fim em sua grande sequência de pontos após escapar na pista molhada e não conseguiu voltar mais. Kubica fazia uma bela corrida, tinha tudo para conquistar uma boa colocação e voltar a liderança do campeonato. Mesmo não pontuando ele permanece a apenas dois pontos dos líderes do campeonato.

Com certeza esta foi mais uma corrida maluca que nos proporcionou fortes emoções. A chuva caiu para a alegria geral do público dificultando muito a vida dos pilotos. Rodadas, ultrapassagens espetaculares, barbeiragens e pegas entre pilotos marcou este GP de Silvertone. Agora o campeonato está mais embolado do que nunca com três pilotos em primeiro lugar com 48 pontos. Está tudo indefinido nesta temporada que poderá ser dicidida nos detalhes.

Corrida


Abraços!

Leandro Montianele