sexta-feira, 25 de julho de 2008

David Coulthard

Caros leitores, após o comunicado de sua aposentadoria o Blog Loucos por F1 vai contar um pouquinho da história do experiente piloto de 37 anos, David Coulthard ou simplesmente DC.

Coulthard iniciou no Kart com pouca idade, estreando na Formula Ford em 1989, conquistando o primeiro McLaren/Autosport Jovem Piloto do Ano. Em 1990, ele teve uma perna quebrada em Spa-Francorchamps, mas no ano seguinte, voltou a guiar e venceu na Formula 3 em Zandvoort, na Holanda e Macau. No ano de1992 correu na Formula 3000, terminando em nono e em 1993 conseguiu um surpreendente terceiro lugar.

Em 1993, Coulthard se transformou em piloto de testes da equipe então campeã mundial, Williams-Renault e desempenhou um importante papel no avanço da tecnologia do carro. No ano de 1994, ele seguiu na Williams como piloto de testes, mas com a trágica morte de Ayrton Senna em Ímola, foi promovido a piloto titular, companheiro de Damon Hill, para o GP da Espanha. Ele ficou a maior parte da temporada guiando o segundo carro da equipe, mas por quatro ocasiões, foi substituído pelo ex-campeão Nigel Mansell. A Renault queria ver um grande nome no time e, Nigel Mansell, à época, voltando da Fórmula Indy como campeão, era o nome certo. Coulthard mostrou relances de pura velocidade, mas erros e má sorte deram a ele apenas um pódio, com um segundo lugar em Estoril. Para as últimas três provas, viu Nigel Mansell ocupar seu lugar, mas foi ele e não Mansell, que correu pela equipe em 1995.

A temporada de 1995 viu Coulthard vencer o GP de Portugal. Houveram mais oportunidades para David Coulthard vencer, mas a má sorte e alguns erros fizeram com que as vitórias escapassem. Ele marcou 5 pole positions, quatro delas consecutivamente. No entanto, alguns erros não forçados marcaram sua temporada, como um abandono ainda na volta de apresentação em Monza e um acidente na saída dos boxes em Adelaide.

Na temporada de 1996, Coulthard foi contratado pela McLaren para guiar ao lado do futuro campeão Mika Hakkinen. Seu primeiro ano na equipe inglesa foi para se esquecer, com o motor Mercedes com problemas, tentando sempre ganhar velocidade. Ele liderou em Ímola e perdeu para um inspirado Panis, em Mônaco. Em 1997, seu segundo ano na McLaren, terminou o campeonato empatado com Jean Alesi no terceiro lugar (depois da desqualificação de Michael Schumacher). David conseguiu duas vitórias e poderia ter conseguido mais se não fossem os problemas. Em Jerez, ele estava a caminho da vitória quando Jacques Villeneuve abandonou, mas a McLaren ordenou que deixasse a vitória para Hakkinen. No ano de 1998, a McLaren estava consistente e com o carro mais veloz na pista e Hakkinen pôde se valer destes atributos para conquistar o título. Coulthard venceu apenas uma e passou a maioria da temporada como fiel escudeiro do finlandês.

Em 1999, uma combinação de baixa performance e má sorte fizeram com que ele terminasse a temporada em quarto lugar e a McLaren perdeu o título de construtores para a Ferrari. Hakkinen foi novamente campeão, enquanto Coulthard venceu duas provas. No ano de 2000, DC esteve envolvido na batalha pelo título de pilotos com Hakkinen e Schumacher, mas eventualmente se sentia desmotivado, o que ocasionou um decepcionante terceiro lugar. Na temporada de 2001, ele terminou como vice no campeonato, mas com um pouco mais da metade dos pontos do campeão Michael Schumacher (123x65).

Os anos subsequentes na
McLaren, de 2002 à 2004, também foram desapontantes e ele era regularmente batido pelo estreante na equipe Kimi Raikkonen. Muitos dos críticos de Coulthard dizem que seu declínio começou em 2003, quando a FIA introduziu o sistema de treinos de volta simples. Desde a época da Forumla 3, Coulthard tem uma reputação de que não treina bem. Ele, abertamente, admitiu que não gosta deste sistema de qualificação e é um ferrenho opositor a este formato de treino. Com o anúncio de Montoya para a McLaren em 2005, para ser companheiro de Kimi Raikkonen, 2004 foi o último ano do escocês na equipe. Um fraco décimo lugar no fim de 2004 (24 pontos, igual ao lesionado Ralf Schumacher), também não ajudou Coulthard para 2005.

A Red Bull Racing foi atraída pela experiência de Coulthard e assinou com o escocês para a temporada de 2005. Ele tinha como companheiros os inexperientes Christian Klien e Vitantonio Liuzzi. O contrato de Coulthard com a Red Bull foi prorrogado durante o fim de semana do GP da Inglaterra de 2005, prolongando, pelo menos até o fim de 2006 a sua carreira na categoria. O espírito de Coulthard na Red Bull foi uma renovação para o piloto que marcou pontos em muitas corridas e se transformou em um dos pilotos mais solicitados pela imprensa.

Para 2006, Coulthard continuou na Red Bull, com a companhia de Christian Klien. Neste ano, a equipe foi impulsionada pelos motores Ferrari, com um contrato para os motores Renault assinado em 2006, para 2007. O Diretor Técnico Adrian Newey, vindo da McLaren, ingressou na equipe para desenhar o carro de 2007. Estes acontecimentos positivos fizeram com que Coulthard tivesse uma expectativa de melhorias e talvez até de vitórias com a equipe. Em 7 de agosto de 2006, um dia depois de David terminar o GP da Hungria em 5º, ele anunciou que prorrogou seu contrato com a Red Bull para 2007 e que teria como companheiro de equipe, Mark Webber.

Entre os atuais pilotos da Formula 1, ele é o terceiro com maior número de vitórias (13), atrá apenas de Kimi Raikkonen e Fernando Alonso. Coulthard é o piloto Britânico com maior número de pontos (533), batendo o recorde anterior de Nigel Mansell, com 482. No GP da Espanha de 2006, ele ingressou no “Clube dos 200” da Formula 1, com Ricardo Patrese, Michael Schumacher, Rubens Barrichello, Gehrard Berger, Andrea de Cesaris, Nelson Piquet e Jean Alesi completando a lista dos piltoos que correram em mais de 200 GP’s. Coulthard marcou seu primeiro pódio com a Red Bull Racing em Mônaco 2006. Durante a cerimônia de premiação, DC usou uma capa vermelha, seguindo o patrocinador da equipe, que promovia o filme “Superman – O retorno”.

Depois de um fraco início na temporada de 2007, David Coulthard fez duas boas corridas, no Bahrain e na Espanha, onde ele marcou seus primeiros pontos no Mundial de Pilotos. Em 6 de julho de 2007, a Red Bull Racing anunciou que havia prorrogado o contrato com Coulthard até o fim de 2008. O escocês teve um mau início na sua temporada de 2008, envolvido em um acidente com Felipe Massa. No GP da Malásia, Coulthard teve problemas na suspensão e viu seu carro ser investigado pelos comissários. Embora tenha sido liberado para guiar, o problema durante os testes teve um impacto negativo em seu desempenho na corrida, conseguindo apenas um nono lugar. Embora tenha tido uma série de baixas performances durante a temporada de 2008, ele voltou a disputar os pódios e conseguiu um 3º lugar no GP do Canadá, o seu 62º pódio na Formula 1.

Na quinta-feira antes do GP da Inglaterra de 2008, Coulthard anunciou que ele se aposentará no fim da temporada, mas continuará trabalhando na Red Bull como consultor. Rumores sugerem que Coulthard poderá ser comentarista das transmissões da categoria para a BBC, ou então trabalhar para a ITV no próximo ano.

Em 02 de maio de 2000, enquanto pilotava um Learjet do amigo David Murray, o aparelho teve um problema no motor quando dirigia-se ao aeroporto Côte d’Azur International Airport, em Nice, e caíram quando tentavam um pouso de emergência no aeroporto de Lyon, na França. Coulthard, sua namorada na época, a modelo Americana Heidi Wichlinski e seu personal trainer sobreviveram, enquanto o piloto e o co-piloto morreram.

De acordo com os jornais,
Coulthard é sempre associado a muitas mulheres diferentes. No entanto, em uma entrevista para a BBC, o escocês rejeitou vigorosamente este rótulo. Em junho de 2006, ele se juntou com Karen Minier, uma correspondente belga para o canal francês TF1. O casal pretende se casar “em um futuro próximo”.

No vilarejo natal de Coulthard existe um museu dedicado a ele, é independentemente mantido por um fã, Wendy McKenzie, depois de ter sido iniciado pela família do piloto. Agora, o lugar é o lar do “Twynosi” (uma mistura entre Twynholm e os torcedores italianos da Ferrari, os Tiffosi), que se juntam em dias de corrida para assisti-las.

Em 07 de agosto de 2007, Coulthard lançou sua autobiografia, intitulada “Isto é o que isto é”. Nela, ele admite ter sofrido de bulimia quando jovem.

Abraços!

Leandro Montianele e Deyvison Nascimento

9 comentários:

Alexandre Ribeiro disse...

Caro Leandro:
Nunca me canso de elogiar seus elucidativos posts, que são sempre uma aula de automobilismo, e dessa vez a qualidade foi suprema. Parabéns !!! Com relação ao DC, quer saber de uma verdade: JÁ VAI TARDE, GALINHA MORTA DA ERA SCHUMACHER...

Daniel Médici disse...

Para mim, Coulthard era um futuro campeão até abrir passagem para o Hakkinen em Melbourne, em 98. A partir de então, virou um eterno coadjuvante...

Mulherengo, ele?? Imagina... Quem me dera ter acompanhantes do nível do DC...

Alexandre Massi disse...

O Coulthard foi rival do Barrichello nas categorias inferiores. Diziam que eles travavm bons duelos, com mais vitórias do brasileiro. Eram as duas grandes promessas da geração. No fim, não conseguiram títulos!

Octeto Racing Team disse...

Bela Homenagem meninos!!!!

DC tem uma carreira muito vitoriosa na F1 se comparada a muitos pilotos que passaram pela categoria!! Pena que faltou-lhe o título!!

Agora que será papai... ele resolveu deixar a F1!!! Mostra que tem juízo!!! hehehehe

Adorei o post!!!

Bjinhoss do Octeto

Tati

GiglioF1 disse...

Leandro e Deyvison,

Felicitacoes pelo denso trabalho e uma homenagem séria a um piloto que fez parte da história da F1...

Nunca fui um fa , mas reconheco suas qualidades...seu fim de carreira foi pior do que ele e nós gostariamos...mas...
Abraco!!!

Leandrus disse...

Nunca fui muito fã do escocês, mas até que ele não foi dos piores na F-1. Vai ficar no hall de Barrichello, Berger, Boutsen, Alesi (e por aí vai): bons pilotos, que poderiam ter conquistado mais coisas na categoria, mas nunca estiveram numa posição de destaque, por vários fatores...

Ateh!

Jogo Aberto disse...

esse ano vai dar é felipe massa.
esse ano F1 é do brasil.

um abraço
léokope

depois dar um passada no meu blog
blz?

Daniel Leite disse...

Engraçado como Couthard não conseguiu uma posição destacada na McLaren. Obviamente, não acompanhava ou entendia muitas corridas, mas tenho uma imagem de DC como um piloto melhor do que Hakkinen. Grande retrospectiva.

Até mais!

Marcelonso disse...

Salve "Loucos"

Belo post,se Coulthard não foi brilhante,foi ao menos persistente.
Tem algumas boas marcas,será lembrado como disso o colega acima como um eterno coadjuvante.

abraço