quarta-feira, 16 de abril de 2008

McLaren parte II - Série Grandes Equipes

A ascensão
O início da década de 70 para a McLaren foi desastroso. O time disputou pela primeira vez as 500 Milhas de Indianápolis, mas Hulme queimou seriamente as mãos em um acidente durante os treinos. Peter Ravson substituiu Hulme, mas a equipe já fora retirada da corrida.

Em junho de 1970, Bruce foi morto em um acidente enquanto testava em Goodwodd o novo M8D. Enquanto estava a 170 milhas por hora, o carro teve uma falha mecânica que o jogou diretamente contra o muro de concreto e McLaren foi morto instantâneamente. Doze dias após a morte de Bruce McLaren, Dan Gurney venceu a corrida de abertura da CAN - EUA de 1970 com uma McLaren. O McLaren M8D venceu nove das dez corridas em 1970 e Hulme venceu o campeonato. Em 1971, o time se viu fora da disputa pelo campeão de 1969 Jackie Stewart, com um Lola T206, vencendo oito corridas.

A McLaren venceu pouco na Fórmula 1 em 1970 e 1971, anos dominados por Jochen Rindt e Jackie Stewart respectivamente. Hulme conseguiu a primeira vitória da equipe na Fórmula 1 desde a morte de Bruce, no GP da África do Sul de 1972, mas a McLaren M20 não era páreo para o Porsche 917/10s de Mark Donohue e George Follmer. A equipe decidiu abandonar a CAN - EUA Series no fim de 1972, focando - se somente na Fórmula 1 e na USAC. A original CAN - EUA foi encerrada no fim de 1974, com a McLaren sendo o construtor de maior sucesso, com 43 vitórias.

O McLaren M23, desenhado por Gordon Coppuck, era o novo carro da equipe para o campeonato de Fórmula 1 de 1973. Ele era descrito por Coppuck essencialmente como a frente do M16 e a traseira do M19. Ele era um carro de frente achatada, assim como o Lotus de 1972, mas com uma suspensão mais convencional e uma melhora aerodinâmica. Hulme venceu com o modelo na Suécia e Revson venceu os dois únicos GP's da sua carreira na Grã Bretanha e no Canadá.
Em 1974, Emerson Fittipaldi foi para a McLaren, agora sob a direção de Teddy Mayer, que veio da Lótus com o intuito de ser o primeiro piloto. A equipe abocanhou seus primeiros títulos na categoria, pilotos (com Fittipaldi) e construtores e a primeira vitória nas 500 Milhas de Indianápolis (com Johnny Rutherford). O mundo também viu a Yardley Cosméticos ser substituída pela Marlboro como patrocinadora, uma parceria que existiu até 1997. O ano de 1975 foi de pouco sucesso para a equipe, Fittipaldi foi o segundo no campeonato, atrás de Niki Lauda. Jochen Mass conseguiu a vitória no GP da Espanha e Rutherfod foi o segundo em Indianápolis. No fim de 1975, Fittipaldi deixou a McLaren para, junto com seus irmãos, lançarem a Coopersucar/Fittipaldi.

O Mundial de Pilotos veio novamente para a McLaren em 1976, com o substituto de Fittipaldi, James Hunt, bateu Niki Lauda por um ponto. Johnny Rutherford conseguiu a segunda vitória da McLaren nas 500 Milhas e a equipe foi a primeira a conseguir os dois feitos no mesmo ano por duas vezes consecutivas. Hunt venceu três vezes na Fórmula 1 em 1977, mas estas foram as últimas vitórias da McLaren na categoria na década de 70. O sucessor do M23, o M26, era um carro muito problemático e os modelos que vieram depois dele, seguiram o mesmo caminho, com pouco sucesso. A McLaren terminou seu envolvimento nas Formulas norte-americanas na temporada de 1979 da CART.

A glória

A equipe atual de Fórmula 1 da McLaren é resultado de uma fusão entre a equipe McLaren e a equipe pessoal de Ron Dennis da Formula 2, chamada Projeto 4, em 1980. O Projeto 4 também era patrocinado pela Marlboro, e tinha como designer, John Barnard, e uma inovação no que diz respeito à utilização das fibras de carbono nos chassis da Formula 1 e também sofriam com a falta de verbas para tal. A Mclaren tinha verba, mas vinha de uma longa trilha de insucessos. John Hogan, um executivo da Philip Morris, forçou o diretor da Mclaren, Teddy Mayer a aceitar a fusão com o Projeto 4 de Ron Dennis. Era uma nova construtora que surgia no Formula 1, a McLaren International.

Em 1981, Dennis e seus parceiros de negócios demitiram os outros diretores da McLaren, Mayer e Tyler Alexander. No ano 1983, Dennis convenceu o então “dono” da Williams, Mansour Ojieh de ser um parceiro da McLaren International. Ojieh investiu na implementação dos motores Porsche Turbo-Changed com o nome de sua companhia, Techniques d’Avant Garde (TAG).

A nomenclatura dos carros de Fórmula 1 da McLaren causa certa confusão aos amantes da categoria, pois todos os carros da equipe desde 1981 têm a denominação “MP4/x”, onde “x” é o número do chassis. Inicialmente, “MP4” significa “Marlboro Projeto 4”, só que todos os carros da equipe levavam o nome não só da equipe, mas do maior patrocinador do time. A equipe continuou usando esta nomenclatura até a mudança do patrocinador em 1997 e, MP4 agora é, convenientemente chamado de “McLaren Project 4”.

A época de maior sucesso da McLaren foi sob a liderança de Ron Dennis. John Barnar desenhou o revolucionário chassi MP4/2, o primeiro Fórmula 1 feito inteiramente com compostos de Fibra de Carbono que provou ser muito forte quando equipado com o motor TAG/Porsche Turbo, desenhado de acordo com as especificações de Barnard. Uma sucessão de excelentes pilotos também ajudou, com Niki Lauda, Alain Prost, Keke Rosberg e Stefan Johansson guiando para a equipe neste período. A McLaren Porsche venceu o campeonato de Construtores em 1984 (com Niki Lauda vencendo o título de pilotos) e 1985 (com Prost vencendo seu primeiro título mundial). A McLaren não venceu o título de construtores em 1986, embora Prost tenha conseguido novamente o título de pilotos.

Depois de perder os dois campeonatos de construtores anteriores para a Williams, em 1986 e 1987, a equipe estava apta a convencer a Honda para entrar na luta contra a Williams novamente em 1988. O McLaren MP4/4 venceu um incrível número de 15 das 16 corridas disputadas naquela temporada e não liderou apenas 27 voltas durante a temporada (Senna estava liderando com uma grande diferença em Monza, quando bateu no retardatário Jean-Louis Schlesser da Williams). Ayrton Senna levou o título de pilotos daquela temporada, o seu primeiro. O ano seguinte, utilizando um motor 3.5L naturalmente aspirado, desenhado pela Honda, a McLaren venceu novamente os dois títulos com o MP4/5 e com Alain Prost levando o título no GP do Japão após uma colisão extremamente controvertida no seu companheiro de equipe, Ayrton Senna. Este era o ápice da rivalidade entre os dois.

Alain Prost deixou a equipe para se juntar à Ferrari em 1990. Alheia a este fato, a McLaren continuou a dominar a Fórmula 1 pelos próximos dois anos, com Senna vencendo o Mundial de Pilotos em 1990 e 1991, usando o MP4/6 V12. A equipe também venceu nos dois anos o campeonato de Construtores. O novo integrante da equipe, Gehrard Berger, contribuiu muito para este duplo sucesso.

No final de semana estaremos postando a última parte da série que conta a trajetória da gigante McLaren.

Abraços!

Leandro Montianele e Deyvison Nascimento

7 comentários:

Priscilla Bar disse...

É engraçado ler MP4/2,MP4/6 e pensar que já está no MP4/23.Parece que foi a aaaaaaaaaanos...Legal a matéria!

Amadores Futebol Clube disse...

Ainda lembro da rivalidade ProstxSenna e olhe que eu era meio pirra. O Airton se deu bem na Mclaren.

Bom ler um blog bom sobre Fórmula-1. :)

Beijos.

Alexandre Massi disse...

num sabia sobre ron dennis na formula 2.

concordo com o q disse a priscila.

Aguardando a terceira parte, mas que verei só na segunda, quando voltar d viagem. Abs

Adalberto disse...

Show de texto, parabéns!

Octeto Racing Team disse...

Já estou aguardando a 3ª parte!!!hehehehe

Bjinhosss do Octeto!

Tati

Leandrus disse...

Pergunta pro Chico Serra o que ele acha do Ron Dennis, rs

Daniel Leite disse...

Este tipo de rivalidade (Proist x Senna) é algo típico de McLaren. Eles, em geral, não pensam em montar o time com um favorito e um fiel escudeiro. Mas se deram mal no ano passado, com Hamilton x Alonso, não levando nada no fim das contas.

Até mais!