quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Tempos Modernos


Amigos leitores, amantes do automobilismo, a Fórmula 1 vai chegando ao seu final em um dos campeonatos mais atípicos dos últimos anos, Hamilton e Massa brigando pelo campeonato, e Robert Kubica correndo pelas beiradas, como fez durante toda a temporada, podendo tornar-se o campeão mais improvável que Raikkonen em 2007. Este é o ano das indefinições e surpresas, afinal de contas, quem apostaria em uma Toro Rosso vencendo corridas, ou em Fernando Alonso fazendo um raio cair duas vezes no mesmo lugar, e o pior, duas vezes seguidas. Há três corridas não temos Ferrari e McLaren no topo, algo que não acontecia há muito tempo. Neste ano, cinco das dez equipes comemoraram vitórias, BMW, Renault, e Toro Rosso entraram com Ferrari e McLaren, escrevendo o nome em um dos campeonatos mais acirrados e democráticos da Fórmula 1 moderna. Mas, talvez, a Fórmula 1 esteja voltando aos velhos tempos.

Caros amigos, aqui na Europa a McLaren já é chamada pelos fãs de Mercedes, dificilmente, fora da Inglaterra, claro, a McLaren é chamada de McLaren, pois é chefiada pela montadora alemã. A antiga Benetton, campeã mundial com Michael Schumacher em 1994 e 1995, foi comprada pela montadora francesa Renault, e foi dona de mais dois triunfos em 2005 e 2006, com Fernando Alonso. As japonesas Toyota e Honda não fizeram um trabalho tão competente quanto a Renault, mas tiveram seu brilho na categoria. A Toyota foi o destaque do campeonato de 2005 e a Honda, de 2004 e 2006. Uma delas está em fase de ascensão, e a outra em decadência. A alemã BMW manteve o nome do suiço Peter Sauber em seus carros, mas este ano já aderiu, fazendo com que o mestre dos carros de equipe média entrasse no esquecimento ante ao competentíssimo trabalho de Mario Theissen, Kubica e Heidfeld. Sendo assim, sobram quatro equipes independentes, duas delas de um mesmo dono, sendo chefiadas por bilionários ou apenas insistente em um esporte que fica mais caro a cada dia. A Force India entra na categoria depois de comprar a ex-Jordan, ex-Midland, ex-Spyker, equipes irlandesa, russa e holandesa, e agora se solidifica nas mãos de Vijay Malyah, que parece ter interesses esportivos, e não puramente lucrativos, com seus carros. A Williams parece que assumiu de vez o posto de equipe média, não se preocupando mais em se tornar uma equipe que luta por vitórias, buscando a cada ano, com seu orçamento limitado, fazer um carro decente. E a Red Bull e Toro Rosso que possuem o mesmo desenho das mãos do genial Adrian Newey, e que já trouxeram uma vitória para casa. Mas os tempos estão mudando.

A atual crise financeira mundial fez acender o sinal vermelho da FIA, FOTA e quantas siglas mais forem necessárias para que o esporte não se torne um ícone negativo do capitalismo falido do novo milênio. A redução de gastos e busca pela categoria ecologicamente correta, faz com que a F1 reveja seus conceitos e busque resultados a curto prazo para uma situação que vem se tornando insustentável, fazendo com que a categoria fosse engolida por ela mesma. Assim foi com a falência da Super Aguri e com o endividamento de Frank Williams. As montadoras estão se tornando praxe na F1 atual, o que é ruim para a categoria, que se torna mais competitiva e cara, a medida que o tempo passa. Ferrari e Toyota lideram o absurdo das cifras bilionárias para se manter uma equipe. A entrada de novos mercados, mais lucrativos, também foram uma tendência. Cingapura, Turquia, China, substituíram alguns circuitos como Indianápolis, por exemplo.

Mas com o colapso financeiro em alta, parece que as equipes pequenas podem ganhar uma sobrevida, tendo em vista que a Fórmula 1 atual que se adaptar as novas tendências mundiais, o que faz com que a categoria ganhe em competitividade e igualdade de forças. São os tempos modernos fazendo com que a Fórmula 1 possa voltar aos tempos antigos.

by Iceman.

4 comentários:

Daniel Médici disse...

Essa crise econômica talvez seja benéfica para o lado esportivo do automobilismo. E stou começando a achar que motores padronizados e equipes-clientes não sejam ruins para as corridas, porque, pra falar a verdade, isso não é novidade. A Fórmula 1 era uma categoria quase monomotor nos anos 70...

Unknown disse...

os tempos modernos, que podem trazer os velhos tempos de volta, ne?

coincido com daniel, os coches cliente poderiam ficar por mais um tempo, assim vamos a ter mais equipes no grid

F1 NA GERAL disse...

Pois é, está dando gosto assistir as corridas de Fórmula 1 já que não temos mais a disputa polarizada em uma só equipe ou piloto. É isso realmente que esperamos do F1.

Raúl disse...

este año a abido como tu dices 5 escuderias q han ganado pero el año q viene no sera igual porque con la descongelacion de los motores se abren diferencias aun mas grandes de las q abia ahora