sábado, 10 de maio de 2008

Rubinho, parabéns pelos 257 GPs!

O Blog Loucos por F-1 presta a devida homenagem ao piloto Rubens Barrichello por seu recorde de corridas disputadas. Estaremos contando um pouco da carreira do brasileiro, como tudo começou, as equipes que correu e muito mais.

Tudo começou aos seis anos de idade quando Rubens Barrichello ganhou seu primeiro kart de seu avô materno. Em sua primeira corrida oficial chegou em terceiro lugar, na segunda conseguiu um segundo e já na terceira obteve uma vitória. Daí pra frente foram 8 anos competindo no Kart, sendo 5 vezes campeão brasileiro e paulista, sem contar as 3 vezes em que foi vice, e campeão sul – americano em 1986 .

Em 1989, Rubinho abandona o kart e ingressa na Fórmula Ford. Em sua primeira prova já conquista uma vitória e termina o compeonato em terceiro lugar. Em seu ano de estréia na Fórmula Opel, 1990, conseguiu o título com seis vitórias, sete poles e sete voltas mais rápidas.

No ano de 1991 Barrichello vai correr de Fórmula 3 Inglesa na equipe West Surrey Racing, e se torna o piloto mais jovem a ser campeão da categoria, derrotando David Coulthard. Em 1992 ele recebe um convite para disputar o Campeonato Europeu de Fórmula 3000 pela equipe IL Barone Ramante. Não tendo um carro muito competitivo em suas mãos, conseguiu chegar em terceiro ao final do campeonato e já começava a sonhar alto com a Fórmula 1.

Em 14 de março de 1993, Rubens Barrichello estréia na Fórmula 1 no GP da África do Sul em Kyalami pela equipe Jordan, mas seu carro não resistiu até o final da prova e quebrou. Esse ano foi marcado por uma grande corrida do brasileiro em Donington, embaixo de forte chuva, estava em segundo lugar faltando apenas duas voltas para o fim da prova, mas sua Jordan quebrou novamente. No dia 24 de outubro de 1993, no GP do Japão, ele conquista seus primeiros dois pontos.


Na segunda prova da temporada de 1994 Rubinho conquista um terceiro lugar e no GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps, conseguiu sua primeira pole position. Nesse mesmo ano Barrichelo sofreu um acidente muito grave em Imola. Cerca de 15 minutos depois de aberto o treino oficial de sexta-feira, Rubinho passou reto na Variante Bassa . Seu carro decolou na zebra, atingiu uma pilha de pneus e aterrissou de bico, capotando duas vezes e parando com as rodas para cima. A pancada foi tão forte que, mesmo com o cinto de segurança, Barrichello bateu a cabeça no volante e machucou ligeiramente a boca e o nariz, além de contundir o braço direito. Foi um grande susto, mas o brasileiro estava bem – apenas não pôde participar dos treinos e da corrida. O brasileiro terminou o campeonato em sexto lugar com 19 pontos.

No ano de 1995 Barrichello conquista a segunda posição no GP do Canadá, mas sua Jordan o deixou na mão por diversas vezes. Na Hungria, Barrichello era o 3º colocado quando seu motor apagou na última volta, na reta de chegada. O brasileiro recebeu a bandeirada se arrastando, em 7º lugar. O ano de 1996 foi de muito desgaste na relação com a Jordan. Após um convite de Jackie Stewart, ele partiu rumo a Stewart Grand Prix, que estrearia em 1997.

Em seu primeiro ano na Stewart, Rubinho conseguiu um feito incrível no GP de Mônaco ao sair da décima posição, com chuva, ultrapassar vários adversários e terminar a corrida na segunda colocação. Mas o carro não era confiável e quebrou 14 vezes em 17 provas. No ano seguinte a equipe teve um desempenho muito abaixo do esperado e com isso Barrichello não conseguiu fazer muito pelo time.

O ano de 1999 foi muito bom para Rubens Barrichello que conseguiu três pódios na temporada, fez 21 pontos e terminou o mundial em sétimo lugar. Seu bom desempenho rendeu um contrato com a Ferrari para correr a temporada de 2000 ao lado de Michael Schumacher.

Após vários pódios nessa temporada, mas ainda nenhuma vitória, o brasileiro era muito pressionado por todos. No dia 31 de julho de 2000, depois de largar em 18º lugar devido a problemas elétricos durante a classificação, Barrichello conquista sua primeira vitória na Fórmula 1 no GP da Alemanha, em Hockenheim. Uma conquista que jamais será esquecida, pois em uma parte do circuito chovia e Rubinho estava com pneus de pista seca, mas o talento prevaleceu e a vitória veio. No final da temporada ele ficou com a quarta posição no campeonato.

O ano de 2001 foi bem difícil para Barrichello na Ferrari, pois tinha toda uma equipe trabalhando para que Schumacher conquistasse o título. Rubinho acumulou vários segundos e terceiros lugares, mas a vitória infelizmente não aconteceu. Ele conseguiu a terceira colocação no mundial de pilotos, sua melhor marca até então.
Em 2002, um ato lamentável por parte da Ferrari no GP da Áustria tirou a vitória de Rubens Barrichello. Depois de fazer a pole e liderar toda a corrida, Rubinho foi obrigado a dar passagem na reta final para seu companheiro de equipe Michael Schumacher. Uma atitude lamentável por conta da equipe italiana. Nesse mesmo ano o brasileiro conquistou sua segunda vitória na carreira, no GP da Europa, venceu outras três etapas e conseguiu o vice-campeonato de pilotos pela primeira vez. No ano de 2004 ele conseguiu mais um vice-campeonato e ajudou a Ferrari a conquistar mais um título de construtores.

Com uma parceria já desgastada com a Ferrari, o ano de 2005 foi bem complicado para Rubinho. Conseguiu apenas a oitava colocação no mundial de pilotos, sua pior na escuderia italiana. Foi aí que Barrichello anuncia sua saída da Ferrari e parte rumo a equipe Honda.

Foram 6 longos anos pilotando pela Ferrari conquistando dois vices-campeonatos, 9 vitórias, 25 segundo lugares, 21 terceiros e os 5 títulos de construtores que ajudou a equipe ganhar.

O ano de 2006 foi de adaptação para Rubens Barrichello na equipe Honda, mas mesmo assim conseguiu 30 pontos no campeonato e terminou em sétimo lugar no geral. Em 2007 existia a expectativa de ter um carro mais competitivo para a temporada, mas não foi isso que aconteceu e o brasileiro teve sua pior temporada na carreira sem nenhum ponto marcado.

Agora em 2008 a Honda conta com a experiência de Barrichello e de Ross Brown para pintar com força na próxima temporada. Segundo Rubinho esse tem sido seu melhor momento na Fórmula 1, onde está se sentindo mais motivado do que nunca. Obter a marca de 257 GPs não é pra qualquer piloto e ele se esforçou muito por isso. Afirmo que se Rubens Barrichello estivesse em uma equipe de ponta com certeza seria um grande candidato ao título.

Muitas pessoas criticam o brasileiro, mas ninguém nunca viu o bom trabalho que ele fez na Ferrari. Rubinho não poderia ter feito muita coisa mesmo, pois havia uma equipe trabalhando somente para um, Schumacher.

Fica aqui a homenagem do Loucos por F-1 a esse grande piloto que consegue o triunfo de quebrar o recorde de corridas disputadas. Barrichello, parabéns pelos 257 GPs!

Abraços!

Leandro Montianele

7 comentários:

Marcelonso disse...

Grande Leandro!

Muito bom seu texto,Rubinho certamente é um bom piloto sim,ridicularizado injustamante por muitos.

Teve grandes corridas,a primeira vitória foi simplesmente fantástica.Mas a meu ver o grande problema de Barrichello foi a falta de regularidade,pois sempre alternou muito ,fazendo corridas fantásticas e outras totalmente apagadas.
Mas ainda assim é sem duvida um grande piloto e concordo que nesse atual estágio da F1 com um carro de ponta,sem dúvida ele teria plena condição de brigar pelo título

abraço

Marcos Antonio disse...

Ótimo texto!Barrichello é um grande piloto,mas seu grand epecado é falar grandes asneiras.por isso é uma das figuras esportivas mais esculachadas da F1.E essa contagem está meio "Romariana",já que ele conta 3 corridas que ele sequer largou,teve problemas na volta de apresentação.Se o Patrese considerasse isso também teria 257 GPs,então Barrica só igualaria o feito.Mas s eele quer comemorar na Turquia tudo bem.Dá uma passad ano site oficial do Barrica,que tem umas coisas legais lá sobre o recorde.

abraços!

Octeto Racing Team disse...

Parabéns ao seu texto e ao Rubinho!!!

Ele merece isso!!

Eu vivo em uma confusão de sentimentos sobre Rubinho: tem horas que gosto, e outras que não gosto!

Mas o que me faz admirá-lo é o orgulho de ser brasileiro! Coisa que naõ vejo no Felipe.

Sinto pena/raiva de tê-lo visto ser segundo do Schumi!
Só que uma coisa é certa... sem ele o alemão não teria conquitado tão facilmente os seus 5 títulos mundias!

Foi uma bela homenagem!!


Bjinhosss

Tati

Octeto Racing Team disse...

AH!! O layout novo é muito mais bonito!!!

Parabénssss!!!

Tati

Unknown disse...

octeto tá certa
que boa portada!!! parabens!!

tou lembrando do stirling Moss esse grande piloto que passou 4 anos de vicecampeão e 3 anos de terceiro lugar, agora é lembrado como um dos grandes da história da categoria

o rubinho ja deu muitas emoções ao Brasil, merece este e outros grandes posts

Daniel Leite disse...

Fico feliz de ver que alguém homenageia o Rubinho. Poxa, ele foi fantástico durante boa parte da carreira e, infelizmente, estigmatizado por uma parte da imprensa e da população como um perdedor. Não é verdade. E aí está a prova, no recorde absoluto de aparições na F-1.

Até mais!

Amadores Futebol Clube disse...

merecida homenagem. parabéns ao Rubinho, como vc disse, 257 GPs não é pra qualquer piloto.

beijos