A Tyrrel começou quando houve uma quebra de acordo entre Ken Tyrrell e a equipe March. Para correr as 3 últimas corridas do campeonato de 1970, Ken construiu a Tyrrell 001 com motores Ford Cosworth pilotado por Jackie Stewart conquistando uma pole position no Canadá, mas sem terminar nenhuma etapa. O modelo ainda foi usado em duas corridas do campeonato de 1971 por Stewart e uma única vez por Peter Revson.
No campeonato de 1971 a Tyrrel fez 72 pontos vencendo assim nos construtores. Pilotando o Tyrrell 003, Jackie Stewart ganhou o título daquele ano conquistando 6 vitórias e seu parceiro, o francês François Cévert, conquistou com o Tyrrell 002 apenas uma. Em 1972, a Tyrrel manteve a dupla de pilotos e foi vice-campeã tanto nos construtores como nos pilotos, com Stewart. No ano seguinte os mesmos pilotos continuaram e a equipe foi novamente vice de construtores, mas Jack Stewart foi campeão mundial com 71 pontos e 5 vitórias.
O ano de 1973 foi marcado por um episódio negro na história da equipe, no último GP, o dos EUA em Watkins Glen. Surgem os boatos que Jackie Stewart se aposentaria, mas ele brincava dizendo que quem plantou esses boatos foi seu companheiro, François Cévert, pois "seria sua a única chance de ganhar alguma coisa". Cévert respondia que seria campeão de 74, com ou sem Stewart. Porém, nos treinos livres, ele abriu sua volta rápida e após a perna dos esses, seu carro decolou e bateu no guard-rail a cerca de 250Km/h. A Tyrrel foi jogado para o guard-rail oposto onde o carro se arrastou por 100 metros matando de forma trágica François Cérvet. No domingo da corrida, Jackie Stewart anuncia que não correria mais na Fórmula 1, e não disputou o GP.
Em 1974 a equipe não tinha mais seus dois grandes pilotos e com isso contrata o sul-africano Jody Scheckter e o francês Patrick Depailler. Com duas vitórias conquistadas por Scheckter a equipe termina o campeonato em 3º lugar. Com a dupla de pilotos mantida, em 1975 a equipe obteve a 5ª colocação com uma vitória do sul-africano em casa.
Em 1977, Scheckter deixa a Tyrrel para ir a novata equipe Wolf, e em seu lugar entra o sueco Ronnie Peterson para fazer dupla com Patrick Depailler. Com Depailler e Peterson o carro de 6 rodas andou bem algumas provas, mas a fabricação de pneus para as rodas dianteiras era difícil e o projeto foi abandonado no final do ano. Nesse ano a equipe terminou o campeonato em 5º lugar empatada com a Brabham. No ano seguinte, Peterson vai para a campeã Lotus e a Tyrrell contrata para o seu lugar o estreante e também francês Didier Pironi. Em seu 5º ano seguido na equipe, Depailler conquista uma vitória em Mônaco, além de uma série de pódios, ficando com a 5ª colocação no campeonato de pilotos e um 4º lugar para a equipe no campeonato de construtores.
Após 5 anos, em 1979 Depailler deixa a Tyrrell e vai correr na Ligie, e para o seu lugar é chamado o também francês Jean-Pierre Jarier. Em uma temporada sem brilho a equipe fica com o 5º lugar. No ano de 1980 a Tyrrel pela primeira vez, desde 1971, terminou uma temporada sem ao menos um pódio.
O ano de 1981 começou com o americano Eddie Cheever e o argentino Ricardo Zunino como a dupla de pilotos da equipe. Após dois GP's, Cheever é substituído pelo estreante Michele Alboreto. Empatada na 8ª colocação com a Alfa Romeo e a Arrows, a Tyrrell obteve sua pior colocação, até então, da sua história.
A Tyrrell começa a temporada de 1982 com Alboreto e o sueco Slim Borgudd, que foi substituído pelo britânico Brian Henton após 3 GP's. Foi uma temporada muito melhor que a anterior, resultando na primeira vitória de Michele Alboreto no GP de Las Vegas. Mesmo sendo uma boa temporada a equipe conseguiu apenas o 6º lugar, com 25 pontos.
Em 1983, Alboreto parte para seu terceiro ano na equipe reforçada pelo veterano Danny Sullivan, que faz sua única temporada na categoria. Com uma temporada muito irregular o time conseguiu somente o 7º lugar no campeonato. O ano de 83 ficou marcado pela última das 23 vitórias da história da Tyrrell na Fórmula 1, conquistada por Michele Alboreto em Detroit, depois que o lider da corrida, Nelson Piquet, ter furado o pneu.
Na quinta - feira estaremos postando a próxima parte dessa história da lendária Tyrrell.
Abraços!
Leandro Montianele
5 comentários:
Eu sempre tive uma boa imagem do Stewart. Talvez pelo fato de ele ter comandado o Rubinho, quando ele viveu, na minha opinião, a melhor fase da carreira com aquele carro branco. Sabia que ele havia sido bicampeão, mas somente agora vi que foi pela extina Tyrrell. Bela história.
Até mais!
Salve Galera!!
Muito bom o texto,nos faz voltar no tempo por um instante.Que falta faz o velho Ken Tyrrell entre outros.
abraço
O acidente que culminou na morte do Cevert deve ter sido horrivel. A foto que eu vi do acidente, que dá pra ver as pernas do piloto, é horrível, ainda mais quando imagino que akilo foi a unica coisa que ficou intacta...
Quanto a Tyrrel, pena que foi uma das equipes tradicionais que ficaram pelo caminho, só por ter sido a equipe que teve um carro de 6 rodas tinha que ser eterna, rs
Ateh!
Caracas, que época....... espero as póximas partes para saber mais do Michele Alboreto, acho que ele ainda corria qdo comecei a ver F-1 ..................
http://netesporte.blogspot.com/
Parece que vem mais uma série legal por aí! A Tyrrell terminou de forma meio melancólica, mas vai sempre ter seu lugar na história da Fórmula 1. Aquele carro azul e branco do Stewart era lindo, e ainda andava demais!
Grande abraço,
Gustavo Coelho
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