quarta-feira, 21 de maio de 2008

Gerhard Berger

Caros amigos, estaremos contando um pouco da carreira de mais um piloto que sempre foi considerado rápido, mas por um alguma razão não se tornou um campeão. O nome da vez é o grande Gerhard Berger.

Berger foi um piloto austríaco que competiu na Fórmula 1 por 14 temporadas obtendo como melhor posição no Campeonato Mundial dois terceiro lugares. Durante essas 14 temporadas, ele venceu 10 GPs, subiu 48 vezes ao pódio, fez 12 poles e 21 voltas mais rápidas, duas a mais que seu grande amigo Ayrton Senna. Com 210 participações na categoria, é um dos pilotos mais experientes de todos os tempos. Ele também é o piloto que deu a primeira e a última vitória à equipe Benetton, com 11 anos separando uma da outra.

Após uma passagem extremamente vencedora na Fórmula 3 Européia, Gerhard Berger foi para a Fórmula 1 em 1984, guiando para a equipe ATS. Em 1985 ele disputou toda uma temporada pela Arrows, mas foi com a Benetton-BMW, em 1986, que sua carreira decolou. Explorando a excepcional forma do motor Turbo da BMW, combinando com uma grande estratégia dos pneus Pirelli, Berger venceu seu primeiro GP no México. Foi contratado pela equipe Ferrari em 1987, para a primeira de suas duas passagens pela equipe italiana.

Depois de falhas mecânicas lhe impedirem de ter um desempenho consistente, Berger terminou forte em 1987, vencendo as duas últimas etapas do campeonato, o que lhe deu o título de favorito ao Campeonato Mundial de 1988. Infelizmente para Berger, a McLaren de Senna e Prost dominou toda a temporada, vencendo 15 das 16 etapas, porém, ele foi o único piloto a quebrar a hegemonia da equipe inglesa nesta temporada, vencendo o GP da Itália, depois que Senna se envolveu em um acidente com um retardatário.

Para 1989, Berger teve como novo parceiro o inglês Nigel Mansell. Mas, mais uma vez, o carro deixou a desejar em sua performance, e Berger teve muita sorte em escapar com vida de um violento acidente durante o GP de San Marino na notória curva Tamburello. Sofrendo poucas lesões, o autríaco estava de volta a ação no meio da temporada, vencendo o popular GP de Portugal.

De 1990 até 1992, Berger teve o grande Ayrton Senna como companheiro de equipe na McLaren, mas eran raras as opurtunidades que o austríaco tinha condições de bater o brilhante brasileiro. Ele venceu apenas 3 corridas nestas temporadas; um presente dado por Senna no GP do Japão de 1991 e outras duas vitórias, no Canadá e na Austrália, quando os outros competidores ficaram pelo caminho. Sua estréia na McLaren foi empolgante, saindo à frente de seu companheiro de equipe. No entanto, o brasileiro raramente largou atrás de Berger novamente.

Gerhard Berger retornou à Ferrari em 1993, com o intuito de que a equipe recuperasse o seu prestígio e voltasse ao caminho do sucesso. O austríaco era instrumento do brilho de Jean Todt como direto do time, fazendo as bases do futuro sucesso da equipe de Maranello. Em 1994, Berger sofreu com a morte de seu amigo pessoal Ayrton Senna e de seu compatriota Roland Ratzenberger no GP de San Marino, mas se recuperou com uma emocionate vitória em Hockenheim com a Ferrari 412T, a primeira vitória da equipe desde 1990. Na última temporada com o time, Berger fez alguns pódios com a equipe italiana.

Com a chegada de Michael Schumacher à Ferrari em 1996, Berger voltou à Benetton, com o prestígio da sombra de seu bom trabalho realizado na Ferrari. Gerhard Berger passou suas duas últimas temporadas na categoria com a Benetton, vencendo o último GP de sua carreira e da equipe, em Hockenheim, 1997, na sua volta à categoria, depois de ficar três provas afastado devido a morte de seu pai. Ele se aposentou no fim da temporada. Sua última corrida foi em Jerez de la Frontera, chegando a poucos segundos do vencedor Mika Hakkinen. Os rumores que indicavam seu retorno à Ferrari em 1998, eram falsos e ele realmente colocou um ponto final em sua carreira.

Atualmente, Gerhard Berger é um dos acionistas da STR na Fórmula 1, tendo como principal pareceira a marca de bebidas austríaca Red Bull, ambos com 50% da equipe.

Essa foi um pouco da carreira desse grande piloto austríaco que foi companheiro de equipe do nosso inesquecível Ayrton Senna. Infelizmente Berger não conseguiu um título mundial, mas isso não tira o brilho de sua passagem pela Fórmula 1.

Abraços!

Leandro Montianele e Deyvison Nascimento

7 comentários:

Marcos - Blog da GGOO disse...

O Berger é um piloto que eu admiro muito, não só pela sua trajetória na F-1, mas tb pq era um dos poucos que Senna considerava como amigo, segundo sempre li na mídia.
Sempre foi muito limpo e leal nas pistas.
Foi uma pena ele não ter ganho nenhum título, merecia.

Anônimo disse...

Lembro até hoje quando o Senna sofreu o acidente e o Berger foi o primeiro piloto a ir até o acidente preocupadissimo com a situação da batida....

Realmente, isso mostrou o nível da amizade entre o Senna e o Berger....

abraços,

Rodrigo Segura

Anônimo disse...

o Berger foi marcante, não só por aquele acidente impressionante mas também pelo fato de ter sido - na minha opinião - o melhor companheiro de equipe que o Senna já teve.... fantástico !!!!!!!!

Daniel Leite disse...

...exatamente! Quando falamos em companheiro de equipe, certamente não estamos falando pura e simplesmente de rapidez na pista. A atitude de Berger é o seu lado mais positivo - foi um grande amigo, além de parceiro de carro, de Ayrton.

Até mais!

Leandrus disse...

Pavorosa essa foto do acidente do Berger em San Marino; tão chocante quanto a dele na maca, indo para o hospital.

Como já disseram, era um bom piloto, mas acabou fadado a fama de 2º piloto.

Ateh!

F1 NA GERAL disse...

Berger foi um bom piloto, assim como Boutsen, Alesi e Rubinho. Acho esses quatro pilotos no mesmo nível. Bem escrito o texto sobre o Berger parabéns.

Marcos Antonio disse...

Sou fã do Berger e até hoje me assuto quando vejo fotos sobre o acidente dele em Imola 89...E sobre o acidente do Senna,Berger quis se despedir do amigo no hospital e foi o único que entrou na UTI para vê-lo,mesmo sendo avisado pelo médico que Senna estava com rosto todo desfigurado.
Hockenheim 97 pra mim é uma das maiores atuações individuais de um piloto que eu já vi.

abraços!