Em 1984 com os pilotos Martin Brundle, Stefan Bellof e Stefan Johansson (substituto de Brundle enquanto se recuperava de um acidente), a Tyrrell perdeu todos os pontos e foi desclassificada do campeonato por colocar uma esfera de chumbo no tanque de gasolina após a corrida para assim atingir o peso mínimo necessário de fim de prova, além de suspeitas de modificação do combustível com substâncias proibidas.
Mantendo a dupla de pilotos, Brundle e Bellof, no ano de 1985 a Tyrrell não conquista nenhum pódio. Sendo a única equipe que começou a temporada sem motores turbo, pela primeira vez, troca a Ford Cosworth pela Renault. Diante de todas essas circunstancias a equipe acaba terminando na última colocação, a pior da história até então. Em setembro de 1985, na categoria Esporte Protótipo nos 1000 Km de Spa-Francorchamps, Bellof falece num acidente após se chocar contra um muro. Uma tragédia que se repetia após 12 anos.
Na temporada de 1986, a Tyrrell tinha Martin Brundle e Phelippe Streiff como pilotos, mas sem nenhum brilho terminou o campeonato na 7ª colocação. Em 1987 a equipe repetiu a posição do ano anterior, mas dessa vez com a volta dos motores Ford Cosworth e tendo como pilotos o inglês Jonathan Palmer e novamente Streiff.
No ano de 1989 a Tyrrell tem a volta de Alboreto, que conquistou a última vitória da equipe, tendo como companheiro Palmer. Depois de muitos anos a Tyrrell conquista um pódio novamente com Alboreto no Gp do México, mas para a tristeza de todos ele ainda no meio da temporada sai rumo a equipe Lola (ainda chamada de Larrousse). Para o seu lugar a equipe contrata a promessa francesa Jean Alesi e a Tyrrell é a melhor colocada das pequenas no campeonato daquele ano, com uma 5ª posição.
Em 1990, a Tyrrell teve como dupla de pilotos Jean Alesi e o japonês veterano Nakajima. O francês conquistou dois 2º lugares para a equipe, nos EUA e em Mônaco. Mesmo com esses feitos de Alesi a equipe não passou novamente da 5ª colocação no campeonato.
Para a temporada de 1991 Tyrrell passou a utilizar motores Honda, mas sem seu principal piloto, Jean Alesi, que havia se tranferido para a Ferrari. Para fazer dupla com Nakajima, que já estava com 38 anos, foi contrato o também experiente Stefano Modena. Com alguns pontos conquistados e o segundo lugar de Modena no Canadá deixaram a equipe pelo terceiro ano seguido na 5ª posição.
Em 1994, a Tyrrell acerta com a japonesa Yamaha, que coloca seu compatriota Ukyo Katayama para correr na equipe junto com o inglês Mark Blundell. O último pódio conquistado pela escuderia foi um 3º lugar com Blundell no GP da Espanha. A equipe terminou o campeonato desse ano com 13 pontos e o 6º lugar.
No ano de 1995, sem patrocinadores, a Tyrrel dispensa Blundell que vai para a McLaren e o japonês Katayama continua devido aos motores Yamaha, mas tendo como companheiro o finlandês Mika Salo. Com apenas 5 pontos conquistados a equipe termina o campeonato na penúltima posição. No ano seguinte a história se repete e conquistam os mesmos 5 pontos amargando a penúltima colocação novamente.
Em 1997, Katayama e a Yamaha abandonam a Tyrrell, e voltam os motores Ford Cosworth, mas muito piores que os grandes da década de 70. Com Mika Salo a equipe marca seus últimos pontos no GP de Mônaco. Em dezembro, Ken Tyrrell vende a equipe para o grupo British American Racing.
Termina de forma triste a história da Tyrrell Racing, principal equipe de Jackie Stewart, com um bicampeonato, um título de construtores, 23 vitórias, 77 pódios e 621 pontos.
Principais pilotos
Jackie Stewart - O maior piloto da história da equipe, conquistou os dois únicos títulos mundiais, maior pontuador com 178 pontos marcados. Encerrou sua carreira na própria Tyrrel após o falecimento de seu companheiro.
François Cévert - Foi companheiro de Stewart e correu entre 1971 e 1973. Era um grande piloto, mas infelizmente faleceu em um acidente nos treinos do GP dos EUA em 1973.
Jody Scheckter - Chegou com a responsabilidade de substituir tanto Stewart quanto Cévert. Correu as temporadas de 74, 75 e 76, venceu 4 corridas pela equipe e foi terceiro colocado nas temporadas de 74 e 76.
Patrick Depailler - O Francês foi o piloto que mais correu pela Tyrrell, foram 80 GPs, marcou 119 pontos, vencendo apenas uma corrida no GP de Mônaco em 1978. Foi o segundo maior pontuador da equipe. Faleceu pilotando um Alfa Romeo durante testes em 1980.
Ronnie Peterson - Com uma participação discreta, o sueco correu apenas a temporada de 1977.
Michele Alboreto - O italiano foi um grande piloto e conquistou a última vitória da Tyrrell em 83 no GP do Leste dos EUA, no circuito de Detroit. Ele chegou a retornar a equipe em 89, mas fez apenas algumas corridas.
Stefan Bellof - O alemão foi revelado pela própria Tyrrell, sendo destaque ao sair da última colocação em Monte Carlo e chegar na 3ª posição com um carro muito fraco. Em 1985, durante os 1000km de Spa-Francorchamps por outra categoria sofreu um trágico acidente e faleceu.
Jean Alesi - Sendo mais uma revelação de Ken Tyrrell, o francês disputou o campeonato de 1989 substituindo Alboreto. O seu desempenho na equipe o colocou como uma das maiores promessas da categoria.
Satoru Nakajima - Foi para a Tyrrel em 1990 para ser companheiro de Jean Alesi e se aposentou em 1991, com 38 anos de idade.
Mark Blundell - O inglês conquistou o último pódia da Tyrrell em 1994 np GP da Espanha. Teve que ser dispensado devido a falta de patrocinio da equipe e foi para a McLaren.
Ukyo Katayama - Colocado pela Yamaha na Tyrrel, o japonês correu entre 1993 e 1996 na equipe.
Mika Salo - O finlandês correu entre 1995 e 1997 na equipe, e pouco pode fazer por ela.
Jos Vertappen - O holandês foi companheiro de Salo na Tyrrell em 1997.
Espero que tenham gostando da história da lendária Tyrrell que infelizmente não conseguiu se manter na Fórmula 1.
Abraços!
Leandro Montianele
3 comentários:
Katayama, Alesi, Mika Salo... Nomes conhecidíssimos. O japonês chega a ser folclórico, pelos comentários que sempre ouvi. Tenho uma imagem muito boa de Alesi, francês bastante regular. De Mika Salo, lembro que ele foi o substituto de Schumacher, quando ele fraturou a perna. Não agradou muito...
Boa história!
Até mais
Realmente boa história!!!
Confesso que aprendi bastante...
Abraços...
Rodrigo Segura
Leandro, parabéns pela série. Já virei fã do seu blog. A história da Tyrrell é muito rica mesmo, embora a equipe não tenha vencido nada nos seus últimos 15 anos. O velho Ken não merecia ter um final tão melancólico como teve...
Grande abraço!
Gustavo Coelho
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